Quase uma semana após a prisão da mulher de 29 anos suspeita de usar “beleza e simpatia” para aplicar golpes em estabelecimentos da Asa Sul, o número de vítimas que registraram ocorrências em delegacias de polícia do Distrito Federal subiu. Nesta segunda-feira (24), a Polícia Civil do Distrito Federal já contabilizava 40 casos relacionados à mulher.
De acordo com as investigações, Larissa Borges se apresentava às vítimas como arquiteta, e fazia uma transferência falsa ao pagar por serviços ou objetos. Para convencer os lojistas e empresários a aceitar pagamentos alternativos, a suspeita usava os dotes físicos e o charme.
Ao ser presa, na última quarta (19), a mulher chorou ao ser apresentada na delegacia e bateu a cabeça contra as grades do carro da Polícia Militar. Ela foi levada para a Penitenciária Feminina do DF (Colmeia).
Para o delegado-adjunto da 1ª Delegacia de Polícia, João Ataliba Nogueira Neto, entre as vítimas estão donos de estabelecimentos tipo academia de ginástica, personal trainer, taxista e drogarias.
Mais golpes
Outras vítimas do golpe foram os funcionários de uma clínica de cirurgia plástica no Lago Sul. Neste caso, a “falsa arquiteta” é suspeita de ter não ter pago pelos implantes de silicone. Os donos do consultório relatam prejuízo superior R$ 9 mil.
De acordo com os registros, mesmo depois do calote, a clínica teria cuidado do pós-operatório da mulher, que “apelou para o emocional, chorou e prometeu pagar quando pudesse”.
A lista de vítimas dos supostos golpes inclui, ainda, uma loja de roupas na 314 Sul que deixou de receber R$ 530, e o proprietário do aluguel onde a suspeita morava, em um condomínio na Asa Sul. Até o cachorro encontrado no apartamento dela, segundo a polícia, resultou em um “tombo” de R$ 2 mil. O delegado diz que, apesar disso, o bichinho deve ser entregue à família de Larissa.
Investigação
Após dois meses de investigação, a Polícia Civil localizou a suspeita em uma loja de produtos fitness, no último dia 18, onde tentou fazer uma compra de R$ 300. O dono do local percebeu que o comprovante da transferência não havia caído na conta e negou a venda dos itens. Larissa, então, pegou os artigos e tentou fugir.
Policiais já monitoravam a “falsa arquiteta” há dois meses. Eles cumpriram a prisão preventiva pelos crimes de estelionato, e uma prisão em flagrante por furto.
Larissa morava desde o fim do ano passado no Distrito Federal. Ela nasceu em Goiânia, onde cometeu crimes semelhantes. Outras 14 ocorrências são registradas em Goiás.
A suspeita está presa e deve responder pelos crimes de furto e estelionato.G1
Ir para o conteúdo






