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Os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ministro do Gabinete e Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno e o ministro da Casa Civil, Braga Neto, foram citados como testemunhas que, segundo o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, participaram de uma reunião importante para a defesa do ex-magistrado.
Aras solicita ainda uma cópia da filmagem de uma reunião em que o ex-ministro da Justiça esteve presente ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Nela, realizada no último dia 22 no Palácio do Planalto, estiveram também ministros, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e presidentes de bancos públicos, segundo o pedido.
Moro afirmou que o presidente Bolsonaro tentou interferir, politicamente, nas investigações da Polícia Federal.
Ele apresentou novas provas do que declarou por meio de conversas de aplicativo de mensagens com Bolsonaro. Moro citou uma reunião em que Bolsonaro ameaçou demiti-lo. E retirar o delegado Maurício Valeixo do comando da PF. Trata-se de uma reunião gravada em vídeo. E ainda citou o nome dos três ministros que testemunharam essas tentativas de Bolsonaro relacionadas à PF.
O procurador-geral da Republica, Augusto Aras, deve enviar ainda hoje ao Supremo Tribunal Federal as primeiras diligências da investigação. As medidas que o procurador entende essenciais sobre as acusações externadas por Sergio Moro.
Oitivas
Aras, acabou há pouco de tomar as primeiras medidas concretas para investigar a declarações de Sergio Moro no depoimento prestado no fim de semana na Polícia Federal.
Aras pede ao STF para colher o depoimento das seguintes autoridades: “oitiva dos Excelentíssimos Senhores Luiz Eduardo Ramos – Ministro-Chefe da Secretaria de Governo -, Augusto Heleno Ribeiro Pereira – Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência – e Walter Souza Braga Netto – Ministro-Chefe da Casa Civil; da Excelentíssima senhora Carla Zambelli Salgado, Deputada Federal; e dos senhores Maurício Leite Valeixo, Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira e Alexandre Ramagem Rodrigues, Delegados da Polícia Federal, acerca de eventual patroánio, direto ou indireto, de interesses privados do Presidente da República perante o Departamento de Polícia Federal, visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes”.
