O ex-dono da Gol Nenê Constantino vai a júri popular no Distrito Federal nesta segunda-feira (13) pelo assassinato de um motorista de ônibus. Este é o segundo processo a que ele e mais três respondem neste ano perante ao Tribunal do Júri de Taguatinga: em maio, eles foram condenados por homicídio qualificado contra um líder comunitário.
O processo em análise nesta segunda está em segredo de Justiça. De acordo com a denúncia, Tarcísio Gomes Ferreira era motorista de ônibus da Planeta – empresa do grupo – e teria sido vítima de uma emboscada em fevereiro de 2001, em uma barraca de lanches, no terreno onde funcionava a garagem da antiga Viação Pioneira, que também pertencia a Constantino. A sessão começou às 10h e segue sem previsão de término.
Por causa do primeiro crime, Constantino foi sentenciado a 16 anos e seis meses de prisão (13 anos e 6 meses pelo homicídio e 3 anos pela corrupção de testemunha), a serem cumpridos em regime inicialmente fechado, além de multa de R$ 84 mil.
Também foram considerados culpados o ex-vereador de Amaralina (GO) Vanderlei Batista, que pegou 13 anos de prisão; o dono da arma usada no crime, João Alcides Miranda, com 17 anos e seis meses de prisão; e o ex-empregado de Nenê, João Marques, com 15 anos de prisão. Todos podem recorrer em liberdade.
Na época do primeiro júri, o promotor do Ministério Público responsável pelo caso, Bernardo Urbano Resende, adiantou que Nenê Constantino não deveia ser levado à prisão em razão da idade avançada. Porém, ele considerou o resultado “plenamente justo”.
“Constantino não vai ficar preso nem um dia, porque já tem 86 anos, está no final de vida. E não porque eu estou falando, mas porque é a lei,” disse.
Fonte: G1