Ele voltou a criticar invasão e devassa da vida privada de empresários
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, voltou a criticar, neste sábado (3), em evento com a participação de mais de 6 mil mulheres em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a decisão que motivou a ação ação contra empresários que faziam parte de grupo de WhatsApp.
Para o mandatário, a operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devassou a vida dos empresários.
“Empresários estavam privadamente discutindo um assunto. Não interessa qual é o assunto. Eu posso muito bem pegar meia dúzia aqui e falar em um canto o que bem entender. Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa, que vai querer roubar a nossa liberdade. Agora, mais vagabundo do que quem está ouvindo a conversa, é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo”, afirmou.
Bolsonaro criticou ainda decisões que autorizaram a derrubada de páginas em redes sociais e mencionou que não há lei que permita um juiz decidir o que é desinformação. Ele afirmou ainda que caso seja reeleito vai defender “com mais firmeza” os direitos individuais.
‘Lei Maria da Penha ou uma pistola’
Ainda durante evento de campanha, voltado a mulheres, Bolsonaro perguntou se as mulheres prefeririam, em uma situação de perigo, “sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola”.
“Vamos supor que você está sozinha à noite numa estrada e de repente fura o pneu do teu carro. Você vai ter que se virar ou trocar o pneu, e aí você percebe que está chegando gente que pode lhe causar algum problema. Você preferia sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola?”, declarou o candidato, ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que ouviu em uníssono a resposta: “pistola”.
Principal aposta da campanha do presidente para se aproximar do eleitorado feminino, Michelle também discursou.
“Temos um presidente forte e corajoso que luta para que o Brasil não perca sua liberdade. Estamos vivendo uma guerra espiritual. Hoje é o momento de falar de política para continuar podendo falar de Jesus. Nós, mulheres, precisamos nos posicionar como cristãs”, afirmou a primeira-dama.(DP)