O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz ( PSD-AM) quer ouvir já na próxima sexta-feira, 02, a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira.
O nome dela foi apontado pelo servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, irmão do deputado Luis Miranda, como o responsável por autorizar e fiscalizar a importação de vacinas da Covaxin, mesmo diante das divergências em relação ao contrato original.
As notas fiscais em nome da empresa Madison Biotech, com sede em Cingapura e que integra o grupo da farmacêutica que produz a vacina na Índia, previa a entrega três milhões de doses do imunizante, número divergente do contrato, que estimava 20 milhões de doses em cinco entregas de quatro milhões.
A funcionária chegou ao Ministério da Saúde em 2017, nomeada pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, no período em que o parlamentar comandou a pasta, no governo do ex-presidente Michel Temer. A informação consta no Diário Oficial da União.
Barros, no entanto, nega qualquer indicação política. Pelas redes sociais, após as acusações dos irmãos Miranda na CPI, o deputado publicou que “não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos”.
O deputado federal Luis Miranda, em depoimento à CPI da Covid, disse que o presidente Jair Bolsonaro teria citado o nome de Barros durante conversa entre os dois sobre supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin.
De acordo com o presidente da CPI, Omar Aziz, a convocação de Barros também deve ser votada esta semana, mas para ocorrer nas próximas semanas.
A CNN procurou Regina Célia Silva Oliveira, mas até o momento não obteve retorno.