Reunião expõe racha no PL e pré-candidatura de Wilder fica sob dúvida
A reunião que resultou no anúncio da pré-candidatura de Wilder Morais (PL) ao governo de Goiás escancarou um racha dentro do partido. A maioria dos aliados do senador, incluindo o deputado federal Gustavo Gayer, defendeu que a sigla não lance candidato próprio e, em vez disso, forme aliança com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e com o vice, Daniel Vilela (MDB). Para esse grupo, a prioridade eleitoral do PL em 2026 deve ser a disputa pelo Senado, não o Palácio das Esmeraldas. As informações são da coluna Giro, de O Popular, desta quarta-feira (19).
Nos bastidores, dirigentes e parlamentares demonstraram incômodo com a postura de Wilder. Avaliam que a baixa movimentação política do senador, somada à resistência em conceder entrevistas e à oposição ao governo Caiado, fragiliza o PL, favorecendo a migração de prefeitos e deputados para a base governista — movimento que já está em curso.
O próprio Wilder admitiu, durante a reunião, que considera prematuro se lançar oficialmente agora, mencionando a distância até o pleito e a influência das articulações nacionais no cenário político goiano. Ainda assim, a direção decidiu anunciar a pré-candidatura como forma de posicionar o partido, sem fechar as portas para uma composição futura.
A avaliação entre os presentes foi pragmática: o lançamento do nome fortalece o PL nas negociações e abre margem para recuar, caso haja acordo com Daniel Vilela. “Se Wilder deslanchar, teremos uma chapa majoritária capaz de eleger um ou dois senadores. Se não, o caminho natural é a composição”, disse um interlocutor.
Com Jair Bolsonaro preso e sem protagonismo na campanha nacional, dirigentes do PL goiano têm repetido que o foco real da sigla em 2026 está no Senado, e não no governo estadual.
Ir para o conteúdo






