Exoneração ocorre após operação da Polícia Federal que apura esquema de descontos indevidos em aposentadorias do INSS e envolve servidores, empresários e políticos
O Ministério da Previdência Social exonerou o secretário-executivo Adroaldo Portal após a deflagração de nova fase da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, nesta quinta-feira (18).
Em nota, o ministro Wolney Queiroz afirmou que o ministério e o INSS seguem colaborando com as investigações e atuando para recuperar recursos desviados por um esquema iniciado no governo anterior e interrompido na atual gestão. O procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico da pasta, assumirá a secretaria-executiva.
Na quinta fase da Operação Sem Desconto, a PF cumpre 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão. Entre os principais alvos está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), investigado por supostos vínculos com envolvidos em desvios no INSS. Há buscas em sua residência, sem mandados no Congresso Nacional.
Adroaldo Portal foi alvo de prisão domiciliar e afastamento do cargo. Jornalista, ele já atuou no gabinete de Weverton Rocha e em funções no Congresso ligadas ao PDT.
Também foi preso Romeu Carvalho Antunes, filho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema e preso desde setembro. Outro alvo é o advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, suspeito de intermediar propinas por meio de seu escritório, que teria movimentado cerca de R$ 12 milhões, segundo a CPI do INSS.
As defesas não foram localizadas. A operação foi autorizada pelo ministro do STF André Mendonça e ocorre no Distrito Federal e em sete estados. Os crimes investigados incluem organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistemas oficiais e dilapidação patrimonial.
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