O que se observa é que ao longo dos tempos, os inúmeros momentos de incertezas do contexto, dos cenários, da economia, da falta de políticas públicas, favoreceram o crescimento de lideranças sem responsabilidade e de conteúdo meramente anarquista, com o intuito de se projetar no cenário político com ataques oportunistas que não contribuem em nada para o desenvolvimento das cidades.
Esse tipo de “líder” proporciona um impacto negativo na atuação do Estado, bem como nas pessoas que o cercam e são facilmente confundidos com lideranças carismáticas, ou seja, são os famosos lobos em pele de ovelhas. Na iniciativa privada, eles têm impacto negativo pelo baixo desempenho, sendo extirpados para não envenenar os bons trabalhadores que realmente buscam o desenvolvimento com um trabalho sério e produtivo. O mesmo deveria ocorrer na esfera pública e no meio político como forma de desenvolvimento das instituições e da democracia.
O “líder” anarquista é aquele que demonstra confiança suprema em si mesmo, uma grande tendência para a dominância, percepção inflada sobre as próprias competências, arrogância e forte extroversão. São egocêntricos, demonstram uma falsa empatia pelos outros, são extremamente competitivos, entretanto, devemos ficar atentos para não cair no conto da sereia.
São superficiais em suas ações, com a falsa percepção de que têm a solução que todos esperam, mas não apresentam projetos ou propostas viáveis e consistentes, projetos capazes de serem realizados na integralidade. O que de fato têm é uma preocupação em si mesmos, com o objetivo de alcançar somente os objetivos pessoais. Não buscam soluções para a coletividade, apresentam apenas uma falsa expectativa de melhorias.
Nos momentos de incerteza, é comum essas posturas diante da fragilidade da população com expectativas de sair de uma crise que não é do tamanho que aparenta, pois o medo é maior que o perigo, assim como a sensação de insegurança é maior que a verdadeira insegurança.
Os excessos dos “líderes” anarquistas tendem a ser confundidos com força, certeza, inovação e visão. O que de certa forma atrai alguns seguidores que, pouco confiantes nas suas próprias capacidades, olham para a projeção de certeza que os “líderes” anarquistas elaboram e os seguem para ter a “segurança” de que alguém está cuidando para que voltem a ordem e abrande o caos.
Importante alertar aos seguidores destes “líderes” que o desejo de se sentirem seguros e a busca por segurança elimina a busca pela razão, que se faz necessário uma análise mais robusta de quais são os verdadeiros interesses desses “líderes” que buscam meramente tomar o poder ou estar com alguém no poder.
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