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Em 2025, apenas 18% das cadeiras legislativas municipais no Brasil são ocupadas por mulheres, e 737 municípios seguem sem vereadoras
Em 2025, apenas 18% das cadeiras legislativas municipais no Brasil são ocupadas por mulheres, e 737 municípios seguem sem nenhuma vereadora, segundo o RenovaBR.
Apesar de representarem 51% da população, apenas 13% das cidades (732) serão governadas por mulheres nos próximos quatro anos.
A desigualdade no financiamento eleitoral é um dos principais entraves. Em 2024, candidatas a vereadora receberam, em média, 42% menos recursos do que os homens: R$ 9.575,00 contra R$ 16.789,00, conforme dados do TSE analisados por Eloá Monsores, do RenovaBR.
A Lei das Eleições exige que partidos destinem pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral às mulheres. No entanto, fraudes com “candidaturas laranjas” persistem, desviando esses valores. O TSE aprovou medidas para coibir a prática, mas, em 2024, 241 candidatas tiveram votações inexpressivas e não receberam nenhum recurso de campanha, segundo O Globo.
Para Bruna Barros, diretora do RenovaBR, os partidos deveriam ser responsabilizados. Além disso, ela destaca que a violência política dificulta a participação feminina. Um estudo das ONGs Justiça Global e Terra dos Direitos registrou 558 casos de violência política nas eleições municipais, sendo 38,4% contra mulheres.
“Mecanismos de proteção são essenciais para combater o viés sexista e garantir avanços reais na representatividade feminina”, conclui Bruna.
