Torres cumpriria medidas cautelares enquanto investigação por suposta omissão em atos golpistas segue avançando.
O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que defende a revogação da prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, desde que ele cumpra medidas cautelares.
Torres está preso desde 14 de janeiro, em decorrência de uma investigação por suposta omissão nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando ele era secretário de Segurança do Distrito Federal. Santos justificou que a prisão foi determinada para evitar ocultação e destruição de provas, mas agora, com as investigações avançadas, a prisão pode ser substituída por medidas menos gravosas, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o DF, proibição de ter contato com os demais investigados e afastamento do cargo de delegado de Polícia Federal.
A PGR ressaltou que o pedido de afastamento do cargo “revela-se extremamente relevante, haja vista a possibilidade de real de utilização do cargo para alteração do curso das investigações”.