Os números mostram que os aumentos oferecidos pelo governo local afetaram, com maior rigor, 3/4 dos usuários de ônibus do Distrito Federal.
Um relatório apresentado hoje pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em parceria com o Instituto de Fiscalização e Control (IFC) mostra que os mais afetados pelo aumento das passagens de ônibus de Brasília, oferecido pelo governo local, são os que ganham de um a três salários mínimos, o equivalente máximo a R$ 3.127.
Estes usuários, de até três mínimos, representam 44,34%. Já os passageiros com renda de até um salário mínimo simbolizam 20,99% do modelo atual. Outros 9,59% dos que consomem o serviço foram considerados sem renda. Ao todo, o relatório mostra que 74,92% são de Usuários de baixa ou nenhuma renda.
Em resumo, os números mostram que os aumentos oferecidos pelo governo local afetaram, com maior rigor, 3/4 dos que utilizam o transporte de ônibus do Distrito Federal.
Já o perfil de usuários, que levou em conta origem territorial do usuários, mostra que moradores de cidades como Samambaia (15,62%), Ceilândia (12,19%) e Taguatinga (6,24%), são os que mais se utilizam do transporte rodoviário da capital.
O problema é que a pesquisa de satisfação, também feita pela parceria, demonstra que a qualidade do serviço oferecido à população não é muito bem avaliado pelos próprios brasilienses.
O preço das passagens, por exemplo, foram entendidos como “péssimo” por 45,37% dos que responderam. Já os que consideram “ruim” representam 25,87%. Ou seja, 71,24% dos passageiros não estão satisfeitos com o preço adotado. Preço esse, que recebeu um aumento de aproximadamente 10% neste ano.