Ministério Público afirma que empresa cria ‘dificuldades’ e atua com propósito de obstruir o caso
O Ministério Público do Rio de Janeiro acusou o Google de agir de forma prejudicial às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. Em uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, o MP-RJ afirmou que a empresa de tecnologia está criando “dificuldades” e agindo com o propósito de prejudicar o andamento das investigações.
Segundo o Ministério Público, o Google estaria sendo pouco colaborativo ao não fornecer as informações solicitadas pelas autoridades competentes. Alega-se que a empresa estaria atrasando ou limitando a entrega de dados relevantes para o esclarecimento do crime, o que estaria comprometendo o avanço das investigações.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, chocou o país e gerou grande repercussão internacional. Marielle era uma importante defensora dos direitos humanos e uma voz ativa na luta contra a violência policial e a desigualdade social.
O MP-RJ considera essencial obter acesso a informações armazenadas pelo Google, como registros de e-mails, localização de dispositivos e outras evidências digitais que possam contribuir para a elucidação do caso. A acusação de que a empresa estaria agindo com o propósito de prejudicar as investigações ressalta a gravidade do problema.
Até o momento, o Google não se manifestou publicamente sobre as acusações feitas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O caso está agora nas mãos do Supremo Tribunal Federal, que deverá analisar a manifestação do MP-RJ e decidir sobre os próximos passos a serem tomados para garantir a cooperação da empresa na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.