A maior cidade do Distrito Federal, Ceilândia, vai completar 52 anos no próximo mês. Os moradores sentem a falta do ex-administrador e advogado Marcelo Martins da Cunha, mais conhecido como Marcelo Piauí.
Durante sua passagem pela RA, o ex-administrador realizou o fórum “Retomada do Desenvolvimento Econômico”, voltado para os empreendedores e empresários da maior região do Distrito Federal – visando fortalecer e desenvolver a cadeia produtiva nos mais diversos segmentos, contribuindo para a geração de renda e emprego da cidade.
Ele tinha a ponte de diálogo com os deputados distritais, federais, da base do governo e da oposição que ajudavam com emenda para RA, além da parceria com o governo do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB).
Quando saiu da Administração Regional de Ceilândia, a pedido do governador, Piauí deixou vários projetos prontos em andamentos e outros para serem implementados pelos novos gestores.
Porém, moradores reclamam de área abandonada, calçadas destruídas, mato alto, lixo acumulado, obra inacabada, abandono de praças; prejuízo com enxurradas; falta de poda de árvores e o principal descarte irregular de lixo e entulho em rua.
Durante sua gestão a cidade recebeu quase R$ 120 milhões investidos nas principais obras da região administrativa (RA).
Ceilândia recebeu obras entregues pelo governo entre 2019 e março de 2022, entre ela:
Urbanização, Mobilidade Urbana e Rede de Águas Pluviais no Setor de indústrias e no Setor de Materiais de Construção;
Construção de Praças e Infraestrutura no Setor de Indústrias e no setor de materiais de construção;
Unidade de Pronto Atendimento 2 (UPA 2);
Unidade Básica de Saúde 15 (UBS);
Hospital Cidade do Sol;
Casa da Mulher Brasileira;
Centro de Ensino da Primeira Infância (CEPI) Papagaio;
Praça dos Direitos;
Primeira Etapa das Obras de Modernização da Avenida Hélio Prates (em andamento);
Reforma do Centro de Ensino Médio 10 (CEM10);
Reconstrução da Escola Classe 59 (EC59);
Construção de Novo Quartel do Corpo de Bombeiros/8º Grupamento Bombeiro Militar;
Reforma e Urbanização da Praça da Estação de Metrô Ceilândia Centro;
Reforma do Hospital Regional de Ceilândia (HRC);
Construção de Dois Campos de Futebol de Grama Sintética;
Implantação semáforos entre Ceilândia e Setor O;
Recuperação de Estradas Rurais;
Entrega de 73 novos leitos HRC;
Praça da Ciência, na Biblioteca Pública Carlos Drummond de Andrade;
Recuperação dos espaços de lazer e esporte da RA em conjunto com o projeto RENOVADF.
Segundo a moradora e professora do P sul, Maria Salete, a situação da administração parece uma espécie de revanchismo político. “Quando o ex-administrador Piauí estava na RA, sempre ajudou nosso bairro. Pergunto! O que um administrador fez o seu sucessor não pode continuar? É essa a ideia que fazemos ao assistir a um descaso tão grande com um logradouro que tanta admiração causava nos passantes e que agora é um retrato do descaso e da desolação”, completa ela.
Para o economista Francisco Rodrigues é preciso que todo administrador tenha qualidade técnica com competência de fato e de direito, mas o que percebemos é o desalinhamento na escolha dos gestores.
Na visão do economista, falta “manejo” para muitos. “é muito importante manejar os interesses da administração, a cidade, a comunidade, o governo e a Câmara Legislativa do DF. Para que ele possa atrair os recursos para cidade e, simultaneamente, é preciso saber das principais demandas da região. Com isso ter bons projetos, receber projetos – principalmente os que estão em gavetas – sobretudo saber lidar com os partidos, ouvir as lideranças e se comunicar bem”, frisou Francisco ao Tudo Ok Notícias.
A expectativa em torno do nome do ex-administrador em voltar para Ceilândia é grande – estão esperando o retorno de Ibaneis Rocha para bater o martelo.