Sistema de mobilidade urbana de Goiânia tem chamado a atenção de gestores de vários estados brasileiros
Tem chamado a atenção de gestores de todo o país as implantações em curso no sistema de transporte coletivo de Goiânia e da Região Metropolitana de Goiás, que consiste em uma parceria público-privada orçada em R$ 2,1 bilhões. A expectativa do projeto completo é fazer a integração, via transporte público, de 21 municípios, em atendimento a 2,5 milhões de habitantes distribuídos em mais de 7.000 km2 de Goiás. Tudo isso, por meio de 299 linhas conectadas.
Na última semana, uma comitiva de 60 pessoas, entre prefeitos, técnicos em mobilidade, secretários estaduais e municipais e especialistas em transportes visitou o sistema e conheceu todo o projeto. O grupo percorreu os principais pontos de paradas e terminais, que incluem equipamentos de alta geração, acessibilidade e muita inovação tecnológica.
Conforme informação dos técnicos envolvidos no projeto, desde 2021 o sistema vem passando por uma mudança conduzida pelo projeto Nova RMTC — que agora está sendo ampliado para o macroprojeto Nova Mobilidade.
Pilares interligados
A iniciativa é sustentada por três pilares interligados: a priorização do transporte público, a gestão inteligente do tráfego e o estímulo à mobilidade ativa. Desa firnam fortalece os eixos de trânsito e deslocamentos não motorizados, promovendo um modelo integrado, sustentável e eficiente de mobilidade urbana.
A parceria entre o poder público e a iniciativa privada tem se destacado não apenas pelos avanços técnicos, mas também pela prestação de contas transparente.
Salto qualitativo
“Goiânia vive um momento em que o poder público e a iniciativa privada conseguiram promover um salto qualitativo no transporte coletivo. Esse avanço é evidente, especialmente nos corredores Leste-Oeste e Norte-Sul, com a conclusão das obras e a construção do eixo Leste-Oeste como um todo”, afirmou o presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, Ogeny Maia Neto.
“Estamos falando da redução do tempo de viagem, o que atende tanto o passageiro quanto o operador, que usam o menos ônibus para prestar o mesmo serviço, com mais eficiência e menor custo. E ainda há a melhoria da infraestrutura viária, com fluidez para os BRTs e seus sistemas alimentadores”, destacou o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Luiz Carlos Néspoli.
“O sistema já apresenta ganhos visíveis, como a melhoria nos tempos de viagem e a satisfação dos usuários”, afirmou o diretor de Regulação de Mobilidade do Ministério das Cidades, Marcos Daniel dos Santos
Case de inovação
Conforme informações técnicas, o projeto avança para se consolidar como um case de inovação no transporte público brasileiro. E a resposta para isso, vem da forma de remuneração do sistema.
Foi implementado um novo modelo de remuneração das concessionárias que não apenas garante a sustentabilidade operacional como agrega o aporte sistemático de subsídio público como uma fonte relevante de recursos para investimentos. Além de um sistema de garantia pública de adimplemento de pagamento de subsídios que está redefinindo o patamar de segurança para as concessionárias e o mercado financeiro.