Ministro Silvio Almeida demitido após denúncias de assédio

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Foto: Filipe Araújo/MINC

Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, é demitido após graves denúncias de assédio sexual e investigação pelo Planalto

 

 

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido nesta sexta-feira, 6, após a divulgação de graves acusações de assédio sexual contra ele. A decisão foi comunicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma reunião com o ministro no Palácio do Planalto.

As denúncias foram reveladas pelo Metrópoles na quinta-feira, 5, e baseiam-se em relatos enviados à rede de apoio Me Too Brasil. Uma das alegadas vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco, que ainda não se pronunciou sobre o caso.

Em um comunicado divulgado pelo Planalto, o presidente Lula afirmou que, diante das acusações e após a conversa com Silvio Almeida, decidiu pela sua demissão. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo, dada a natureza das acusações de assédio sexual”, destaca a nota oficial.

Silvio Almeida nega as acusações e classificou-as como “mentiras”. Ele anunciou que enviará um ofício à Controladoria-Geral da União (CGU), ao Ministério da Justiça e à Procuradoria-Geral da União (PGR) para solicitar uma investigação. O Palácio do Planalto também pretende investigar o caso por meio da comissão de ética da presidência.

O presidente Lula declarou que a manutenção de um ministro acusado de assédio não seria tolerada. Em entrevista à rádio Difusora de Goiânia (GO), Lula afirmou: “Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso permitir o direito à defesa e a presunção de inocência.”

A situação foi considerada “insustentável” por fontes próximas ao presidente, que temiam que a permanência de Almeida no cargo pudesse ser vista como conivência com as acusações, especialmente dado o envolvimento de uma ministra. O Planalto ainda não anunciou o substituto para a pasta dos Direitos Humanos e Cidadania.

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