Anderson Torres está preso desde janeiro por suposta omissão na contenção de atos golpistas, e defesa alega que ele não oferece risco às investigações. Família do ex-ministro enfrenta problemas de saúde e psicológicos devido à prisão
O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu na quarta-feira (12) um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Torres está preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 daquele mês, quando ele estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.
Os advogados afirmaram ao Supremo, na segunda-feira (10), que Torres não oferece risco às investigações e pediram que a prisão fosse substituída por medidas cautelares. Na petição, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres, que sofre com a prisão do ex-ministro. As filhas de Torres estão recebendo acompanhamento psicológico e estão com a frequência escolar prejudicada. Além disso, a mãe de Torres está tratando um câncer. A prisão do ex-ministro também tem afetado sua saúde, pois ele está em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos.
Após receber o parecer da PGR, o Ministro Alexandre de Moraes deve decidir sobre o pedido de liberdade de Anderson Torres. Não há prazo para a tomada de decisão.