Carlos Lupi (PDT) deixou o comando da Previdência Social nesta sexta-feira (2), após não resistir à pressão gerada pelas fraudes bilionárias em descontos indevidos de aposentados e pensionistas. Embora negue omissão, o ministro foi alertado sobre o esquema ainda em 2023, mas só tomou medidas quase um ano depois.
A crise, que já derrubou o presidente do INSS, levou à nomeação do procurador Gilberto Waller Júnior e mobilizou 700 agentes da Polícia Federal. A CGU identificou falhas graves no controle do INSS, que recebeu mais de 1 milhão de reclamações em um ano. Em 97% dos casos analisados, os beneficiários desconheciam os descontos.
O governo agora tenta reparar os danos financeiros e políticos de um escândalo que expôs a fragilidade do sistema previdenciário e levantou suspeitas de conivência institucional.