Ministro Blairo Maggi diz que tem ‘até dó’ da BRF

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi alvo nesta semana da Operação Trapaça, que investiga a adulteração de laudos laboratoriais de frango para exportação. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que os problemas apontadas pela operação ocorreram antes da Carne Fraca, deflagrada em março de 2017.

“Infelizmente, a BRF foi a mais acusada. Tenho até dó da empresa, porque ela ficou sob nossa orientação, passamos a fiscalizar com muita frequência e eles de fato fizeram a lição de casa, subiram de patamar. No momento em que começava a ganhar elogios, ela leva uma bordoada. Mas são coisas do passado”, disse o ministro Blairo Maggi.

O ministério diz que elevou fortemente as exigências sobre os frigoríficos e as empresas fizeram sua lição de casa depois da Operação Carne Fraca. Os fatos relatados pela operação Trapaça ocorreram em 2014 e 2015. A intenção do ministério é traçar uma linha divisória antes e depois da operação, para apartar as irregularidades no período anterior a ela.

Corrigindo uma falha de comunicação ocorrida na Operação Carne Fraca, o governo enviou informações aos mercados consumidores assim que a Operação Trapaça foi acionada, na última segunda-feira. “Agora vamos detalhar com mais profundidade as ações que estamos tomando e qual a extensão do problema levantado”, disse o ministro.

Além de União Europeia e Hong Kong, outros mercados da carne de aves brasileira pediram informações adicionais ao governo brasileiro, disse o ministro, sem, porém, especificar quais foram os outros países. “Acho que todos vão pedir”, comentou. “Acho legítimo. Eu, na posição de ministro da Agricultura, faria o mesmo.”

O CEO mundial da empresa, José Drummond, e o conselheiro e ex-ministro Luiz Fernando Furlan estiveram na terça com Maggi. O ministro comentou que a empresa está muito confiante nas providências tomadas.

Apesar disso, o governo providenciou o embargo das exportações de três frigoríficos investigados para 12 mercados importadores. O ministro disse que as providências tomadas por eles estão sendo checadas. Se estiver tudo correto, o fim dessa medida será estudado.

Mais lidas

Senac DF lança livro sobre IA na Bienal do...
“Chega dessa farsa”, diz Bolsonaro sobre M...
Caiado destaca protagonismo de Goiás ao ho...
...