Por Josiel Ferreira
A dor de perder um parente desestabiliza famílias inteiras. Mas quando isso acontece em meio à espera por vaga em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o sofrimento se mistura à revolta. Para tentar salvar um ente querido, muitas pessoas recorrem à Justiça para garantir o tratamento, que deveria ser concedido automaticamente pelo Estado.
No entanto, a realidade está longe de ser a ideal. Mesmo com uma liminar judicial que obriga o governo do Distrito Federal a atender na rede particular a paciente Rose M. de Paiva, de 39 anos, aguarda, internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a espera de uma vaga na UTI.
Segundo Ronnie Von, esposo de Rose, ela deu entrada na unidade no sábado (19), com dores nos rins e muito inchada. Chegou a fazer hemodiálise e seu quadro foi agravando e os médicos acharam por bem entuba-lá.
“Nossa dificuldade neste momento e conseguir um leito, é urgente a necessidade de rever a situação das UTIs do DF. Foi preciso entrar na Justiça para conseguir um leito de UTI. São idas e vindas dentro da área de tratamento intensivo. As respostas são sempre as mesmas, não temos vagas”. “Ela precisa de uma UTI ESPECIAL com hemodiálise e não vamos desistir”, desabafou Ronnie Von.
De acordo com ele, a determinação da Justiça chegou ao conhecimento do hospital, mas, ainda assim, não disponibilizaram o leito que ela precisa, descumprindo a ordem judicial.