Mercado de trabalho perde fôlego e Brasil cria 184 mil vagas com carteira assinada em março

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O mercado de trabalho brasileiro criou 184.140 vagas formais ante demissões em março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta (28).

 

O saldo é resultado de 1.608.007 contratações e 1.423.867 demissões.

O resultado vem abaixo dos 395 mil empregos formais gerados em fevereiro e 257 mil em janeiro, segundo dados revisados pela equipe econômica, em meio ao recrudescimento da pandemia do novo coronavírus e a retomada de restrições para o funcionamento de comércios e serviços.

No acumulado do primeiro trimestre, o saldo é 837.074 empregos formais, resultado de 4.940.568 admissões e de 4.103.494 desligamentos.

No mesmo período do ano passado, o resultado foi de 108 mil postos com carteira assinada. Em 2020, o país registrou 142 mil novas vagas com carteira assinada a mais do que desligamentos, o o terceiro ano seguido de registro positivo. Em março do ano passado, no início da crise sanitária, o Caged registrou saldo negativo de 276.350 vagas.

Todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo.

O setor da serviços foi o grande destaque, com a geração de 95.533 novos postos de trabalho formais.

A indústria vem em segundo lugar, com 42.150 empregos. Construção civil registrou 25.020 vagas, enquanto comércio fechou março com 17.986 postos, e a agricultura com 3.535.

Todas as regiões também tiveram saldo positivo. O sudeste lidera com a criação de 103.935 postos, seguido pelo sul, com 49.998 vagas de trabalho.

O centro-oeste criou 16.559 vagas, enquanto o norte encerrou o mês com 8.944 postos, e o nordeste com 4.790.

O governo federal publicou nesta terça-feira, 27, duas medidas provisórias renovando programas de manutenção de empregos que tinham sido executados no ano de 2020 autorizando redução de jornadas e de salários para evitar demissões diante da crise econômica causada pelo novo coronavírus.

Uma das medidas permite que por quatro meses (abril, maio, junho e agosto) os trabalhadores tenham cortes de jornadas e de salários variando entre 25% e 70%.

Todos os afetados por essa redução receberão o Benefício Emergencial (BEm), benefício governamental que compensa o valor “perdido” pelo trabalhador.

A segunda medida permite antecipação de férias dos trabalhadores, assim como a mudança do regime de trabalho dos funcionários para home office. O pagamento do FGTS por parte dos contratantes também deve ser suspenso por quatro meses.

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