Governo de Goiás encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei que reajusta salário de mais de 12,4 mil professores temporários em até 64,61%. Ato corrige déficit histórico, que perdura há 20 anos, ao equiparar rendimentos de contratos aos efetivos. “Isso vai dar credibilidade e estímulo”, declarou governador durante entrevista à Record TV Goiás
O governador Ronaldo Caiado definiu como “melhor presente de Natal” os projetos de lei que contemplam professores e demais servidores da rede estadual de ensino. Um deles, que foi encaminhado nesta segunda-feira (14/12) à Assembleia Legislativa, prevê reajuste do salário dos contratos temporários. Outro, que já foi sancionado, destina bônus de R$ 92 milhões ao contracheque de dezembro dos profissionais da educação.
Em entrevista à Record TV Goiás, Caiado explicou que o texto enviado para apreciação dos deputados estaduais tem como objetivo corrigir um déficit histórico, que já dura 20 anos. A proposta é reajustar em até 64,61% os salários de profissionais da educação cujo vínculo com o Estado é temporário, o que beneficiará 12.486 pessoas. “Isso vai dar a eles uma credibilidade, um estímulo para que melhore a nossa educação”, frisou.
O projeto de lei pretende equiparar os salários dos temporários ao dos professores efetivos. O governador citou, como exemplo, que os contratados com salário de R$ 1.753 passarão a receber R$ 2.886, que é o Piso Nacional do Magistério. Isso só é possível, continuou Caiado, graças às medidas econômicas adotadas pela atual gestão.
O governador ainda lembrou que situação semelhante, de incoerências salariais, já foi solucionada na segurança pública durante seu governo. “[O que ocorre na educação] era o mesmo que acontecia com o pessoal da Polícia Militar de 3ª classe, que recuperei”, reforçou o governador. A fala faz menção à extinção de uma categoria em que soldados da PM recebiam somente R$ 1,5 mil.
Outra medida que beneficia os servidores da educação já está assegurada. No total, quase 40 mil servidores ligados à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vão receber uma ajuda de custo proporcional aos meses trabalhados em 2020 e à carga horária de cada um. “Seja professor, servidor da cantina, todos vão receber o bônus no seu holerite, espero que rapidamente, para que o Natal e Ano Novo sejam melhores, depois de muito sofrimento com a pandemia”, garantiu Caiado.
Pandemia
Ainda durante a entrevista, o governador defendeu o Plano Nacional de Imunização, gerido pelo Ministério da Saúde, como o mecanismo mais seguro e igualitário para vacinar os brasileiros contra a Covid-19. “Não terá nenhum governador ou Estado que será tratado de forma diferente de outros”, projetou.
Sobre as celebrações de fim de ano, sinalizou que “não serão admitidas festas [de Réveillon] em local algum”. Ele esclareceu que o Brasil inteiro caminha no sentido de não permitir grandes aglomerações, que podem acentuar a curva da pandemia. O governador falou sobre a conscientização das pessoas, para que comemorem a passagem de ano em suas casas, de forma respeitosa, e não com eventos de grande porte.
Caiado explicou que, com exceção ao hospital temporário de Águas Lindas, Goiás não desativou nenhum leito criado para o tratamento de pessoas acometidas pela Covid-19. Sobre uma possível segunda onda, o governador garantiu: “Estamos mantendo [os leitos] e alertando as pessoas de que realmente esse processo vai ter uma demanda provavelmente igual à anterior”. Ele pediu que os goianos respeitem os protocolos de segurança, e alertou para a ocupação de leitos estaduais. “Estávamos com 40% de internações de leito de UTI, já estamos com 54%. Isso em pouco mais de 15 dias.”
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás