Médico é preso após atacar trabalhador: ‘Saia daqui, seu preto!’

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Episódio ocorreu na Ilha dos Araújos, em Governador Valadares. Médico parou para ver andamento de uma obra e não gostou de ser interpelado pelo trabalhador
(crédito: Tim Filho/EM/D.A Press)
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Episódio ocorreu na Ilha dos Araújos, em Governador Valadares. Médico parou para ver andamento de uma obra e não gostou de ser interpelado pelo trabalhador.

 

Um médico de 53 anos que atua em Governador Valadares foi preso na quarta-feira (30) por ter cometido o crime de injúria racial contra um trabalhador de uma obra da prefeitura local. Ao ser interpelado pelo encarregado, o médico bradou: “saia daqui, seu preto!”

O médico passava pela calçada da Ilha dos Araújos, local onde pessoas fazem caminhadas, viu a obra e foi se informar sobre o andamento dos trabalhos.

Segundo relatos dos policiais militares que registraram a ocorrência, o médico interpelou de forma ríspida um grupo de trabalhadores, perguntando quando a obra seria concluída. Disse que sempre passava no trecho em obras e não entendia porque estava demorando tanto a conclusão da obra. Ainda acrescentou que nunca via os homens trabalhando.

Nesse ponto da conversa, um trabalhador tentou explicar ao médico o que estava sendo feito na obra. Os policiais relataram que o trabalhador afirmou que o médico se dirigiu a ele e disse: “saia daqui, seu preto, não entra na conversa, não!”

A Polícia Militar foi chamada ao local e o médico negou as acusações. Disse, segundo o relato dos policiais, que apenas perguntou quem estava pagando os salários deles. Mas como algumas testemunhas do ato de injúria racial se mantiveram firmes na acusação, os policiais levaram o médico para a Delegacia da Polícia Civil, onde foi autuado pela delegada Lilian de Cales.

A delegada ouviu o médico e as testemunhas do ato injurioso e afirmou que não teve dúvidas em autuar o médico por injúria qualificada, conforme determina o parágrafo terceiro do art. 140 do Código Penal, que considera crime a injúria com utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena de reclusão varia de 1 a 3 anos e multa.

Seguindo os procedimentos legais, a delegada arbitrou uma fiança para o médico pagar e ter o direito de responder o processo em liberdade, mas ele se recusou a pagar. Com a recusa, a delegada Lilian determinou que o médico fosse levado para o presídio, onde ficará até o dia da audiência de custódia na justiça. (CB)

 

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