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Revelações explosivas: Ex-ajudante de ordens afirma que Bolsonaro recebeu dinheiro da venda de relógios sauditas
Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens, confirmou em seu depoimento à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu diretamente o dinheiro proveniente da venda de relógios sauditas, presentes oficiais dados ao então mandatário. Segundo a reportagem da revista Veja, dois relógios de luxo, um Patek Philippe e um Rolex, teriam sido vendidos em 2022, resultando em uma quantia de US$ 68 mil.
Mauro Cid, que foi preso na Operação Venire da Polícia Federal em maio sob investigação de falsificação da carteira de vacinação de Bolsonaro, deixou a prisão no último sábado, 9, após firmar um acordo de delação premiada. Em seu depoimento, Cid relatou que os US$ 68 mil provenientes da venda dos relógios sauditas foram entregues “em mãos” a Bolsonaro.
O ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro estava preocupado com sua situação financeira na época, e embora a venda possa ter sido vista como imoral, ele acreditava que não era ilegal.
O acordo de delação premiada com a Polícia Federal foi aceito na quinta-feira, 7, e homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no sábado, 9. Como parte das medidas cautelares, Mauro Cid está obrigado a usar tornozeleira eletrônica e tem restrições para sair de casa durante a noite e aos fins de semana.
Vale destacar que os relógios não passaram pelo registro oficial de presentes recebidos pelo Executivo. Cid também informou que o pagamento pela venda foi feito nos Estados Unidos em parcelas.
Além disso, Mauro Cid foi afastado de suas funções no Exército, mas continuará recebendo um salário de oficial superior no valor de R$ 27 mil. A instituição militar informou que ele ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal sem ocupar cargo.
