Marconny pode ser conduzido coercitivamente se não comparecer na CPI

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Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde. Os parlamentares esperam que o depoente dê informações sobre o contrato celebrado entre a União e a Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. Mesa: advogada do depoente, Eliana Maria Dias Santiago; servidor e técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde, William Amorim Santana; presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira (13/9), que o advogado Marconnny Nunes Ribeiro Albernaz poderá ser conduzido coercitiva para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, caso não compareça

 

A oitiva está marcada para a próxima quarta-feira (15). Marconny é apontado pelos senadores como suposto lobista da empresa Precisa Medicamentos, que fechou um contrato de venda de vacinas com o Ministério da Saúde de R$ 1,6 bilhão.

A juíza Pollyana Kelly Maciel Medeiros Martins Alves pontuou que apesar de saber da sua convocação, a testemunha não compareceu “nem tampouco justificou a ausência”, na semana retrasada. Marconny conseguiu na Justiça autorização para ficar em silêncio em caso de perguntas que possam incriminá-lo, mas foi obrigado a comparecer à oitiva.

A juíza, então, explicou que trata-se de uma testemunha que está resistindo em comparecer, e que neste caso, a Justiça pode determinar a sua condução por oficial de justiça ou por autoridade policial. Se ele não comparecer à oitiva na quarta, a CPI deveria comunicar a Justiça Federal do DF para expedição de mandado de condução coercitiva.

A oitiva do advogado estava marcada para o último dia 2, mas ele não compareceu. Ele havia apresentado um atestado médico de 20 dias alegando dores pélvicas, mas o médico que assinou o documento, segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), voltou atrás.

A comissão, então, manteve o seu depoimento, mas ele não foi ao Senado. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), chegou a colocar a Polícia Legislativa atrás do depoente, enquanto acionava a Justiça.

No mesmo dia, ainda, a comissão aprovou a retenção do passaporte de Marconny e o acautelamento do documento pela Polícia Federal. Também foi aprovada a proibição de que ele se desloque da cidade onde reside sem prévia autorização da comissão; que ele indique telefone e e-mail à CPI para que seja contatado, caso haja necessidade.

Comparecimento

Em nota a defesa de Marconny Albernaz, afirma que ele foi ao senado na manhã de quinta-feira ao Senado Federal “para receber pessoalmente a intimação e confirmar que prestará depoimento na data estabelecida pela CPI da Covid”.

A nota diz, ainda, que Marconny “sempre esteve à disposição para esclarecer todas as dúvidas necessárias dentro do escopo da CPI, porém anteriormente não havia sido pessoalmente intimado”.

A defesa critica a quebra de sigilo dos dados de Marconny e ressalta que reiterou o pedido à CPI de acesso aos dados e documentos relacionados  a ele, “sendo que até o presente momento não obteve resposta”.

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