Marcela Passamani fala do atendimento às mães, crianças, adolescentes e idosos vulneráveis

Um dos programas mais importantes da Sejus-DF é o Programa Sua Vida Vale Muito. Ela conta que no dia em que a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia do Covid-19 disse estar ciente que seria um desafio. A postura desde o primeiro de trabalho propôs, de acordo com Passamani, foi realizar e fazer entrega. A pandemia veio, mas a cidade não parou.

“As pessoas moram aqui no DF e é preciso entregar para a população o que ela precisa, efetivamente, do O estado, o governo nas ruas fazendo as ações necessárias. E é isso que tem por objetivo o Programa Sua Vida Vale Muito.”

“Acho que todos os brasilienses já ouviram falar naquele Programa Hotelaria Solidária onde nós colocamos durante três meses, 300 idosos num hotel aqui da cidade, como uma solução de Estado”, pontuou a secretária.

“Falamos sempre que o Sua Vida Vale Muito não surgiu de uma demanda social, estamos falando de economia, 400 funcionários desse hotel não foram mandados em bora, falamos da saúde, quando o governo do DF estava se estruturando para conseguir respiradores. Falamos de social, quando os programas sociais ainda não estavam prontos, e nós conseguimos nos tornar multiplicadores”, acrescentou ela.

O trabalho rendeu ao Sua Vida Vale Muito premiação internacional, o único projeto no mundo que teve êxito. Todos os idosos saíram saudáveis e multiplicadores de informações de boas práticas. “Em pouco tempo houve uma fase do Sua Vida Vale Muito itinerante, atendendo 10 mil pessoas em cidades. E o mais interessante, totalmente custo zero para o Estado”, relatou Passamani.

O Programa Sua Vida Vale Muito nasceu do Hotelaria Solidária. Passamani informou que ao longo do programa foi possível orientar os idosos a como lidar com o vírus. Nenhum deles que ficou hospedado se contaminou. A premiação teve uma visão ímpar desse momento de pandemia, “quando a gente trabalhou com esse grupo de risco e, com isso, a temos levado a todo o DF os ensinamentos com o Hotelaria Solidária”.

Segundo a secretaria da Sejus-DF, união entre sociedade civil e governo é muito importante. Tem espaço que o governo sozinho não consegue alcançar e “precisamos desse braço que é sociedade civil para unir as pontas e conseguirmos andar de mãos dadas e faze entregas no DF”.

“Por intermédio do programa itinerante foi possível levar médicos, psicólogos, assistentes sociais para todas as cidades em postos da Sejus-DF. Com esse know-how, essa expertise, a gente conseguiu também estruturar a para auxiliar a Secretaria de Saúde na vacinação”, complementou a secretária.

Ela enfatizou que, hoje, há três pontos definidos para a imunização no DF, no Recanto da Emas, Ceilândia e Praça do Itapoã. Também, acrescentou que “todos com equipamento público da Sejus-DF, onde não temos custo de aluguel e contamos com voluntários ajudando toda essa ação”.

Parceria com o aplicativo 99

Em parceria com o aplicativo de mobilidade 99, a Sejus-DF, também integrado ao Sua Vida Vale Muito. Para saber mais basta entrar no site suavidavalemuito.sejus.df.gov.br e se cadastrar. Há no momento, 10 mil vouchers disponíveis para que os idosos possam ir e voltar ao posto de vacinação com segurança através do 99. Tanto os motoristas da plataforma quanto aos idosos que precisam se locomover até a vacina e muitas vezes não têm quem possa levá-los saem ganhando com essa parceria.

Na Sejus-DF, informou Passamani, funciona o Programa Voluntariado em Ação. Segundo ela, o maior programa de voluntariado do Brasil, “onde nós temos mais de 30 mil voluntários inscritos e o papel da Sejus-DF é conectar ação com pessoas, quem precisa de ajuda com quem quer ajudar”.  A Sejus-DF é quem viabiliza a entrega das doações aos mais necessitados.

“Nosso papel, enquanto governo é, sim, juntar sociedade civil e governo. Eu acredito que estamos falando aqui de dignidade de respeito, de união e de solidariedade”, pontuou a secretária.

A secretária informou o WhatsApp 9 9173 60 71 da Sejus-DF. “Mande um ‘oi’ para a gente, se precisa de ajuda, ou se você quer ajudar. Estamos aqui para conectar pessoas aqui no nosso DF”, acentuou.

Ainda, no site da Sejus-DF as pessoas terão acesso a todas as informações. Há um link do Voluntariado em Ação e dentro do portal é possível se inteirar de todas as ações ativas. “Nós temos o voluntariado profissional e o voluntariado social. Você quer doar uma cesta básica você para o social, mas também temos o voluntariado profissional, pode contribuir dando uma aula, atendendo uma pessoa, contação de história, seja o que for.”

“O ouvinte pode ter certeza de que tem uma pessoa, uma instituição, uma comunidade precisando de você nesse momento. Estamos aqui para conectar pessoas. Então, entre no Voluntariado em Ação e faça parte dessa grande corrente do bem, que é voluntariado. Inclusive é possível ministrar aulas da própria residência, por exemplo, através de redes sociais ou sites de reuniões remotas”, convidou Passamani.

As vezes um professor aposentado, psicólogo, entre outros profissionais que podem se tornar voluntários até como uma terapia ocupacional. A Escola Sejus – escola.sejus.df.govlbr – com mais de 100 mil acessos com vários cursos à disposição da população gratuitamente. “Temos apoio psicológico, contação de estória, a revistinha Sejuquinha para a criançada. Acessem que nós temos aula de línguas, de informática, de instrumentos musicais, todos à disposição da população.

A Sejus-DF, tem um importante programa de estágio para presidiários. A secretária contou que a palavra de ordem na gestão dela é oportunidade. Na ótica de Passamani a política pública para as pessoas vulneráveis, de respeito, de dignidade é gerando oportunidade de renda, empregabilidade, de cursos e há trabalhos voltados para idosos, crianças e adolescentes, socioeducativos e vinculação com a Fundação de Apoio ao Trabalhador Preso (Funap).

“Nós sabemos do papel do Supremo Tribunal Federal (STF) nas pautas de reeducação, seja com egresso do sistema prisional, seja com reeducandos do sistema socioeducativos. O acordo de cooperação técnica mostra que 20 vagas de estágio que existem hoje, que o STF já faz a contratação de jovens da comunidade, através do sistema de estágio, garantimos que essas 20 vagas sejam para reeducandos.

São jovens que estão internados no sistema socioeducativos, na semiliberdade e no semiaberto.

Romper ciclos

“Damos oportunidade de romper ciclos, esses que prejudiquem a pessoa, quando aparecem as oportunidades. Lembrando que todos esses jovens terão uma bolsa de estágio, com o mesmo valor pago para os outros estagiários do STF”, informa Passamani.

Além disso, segundo ela, todos os jovens têm que estar obrigatoriamente, matriculados no ensino médio. “Isso mostra a nossa preocupação com a evasão escolar, que esses jovens estejam nas escolas, dando oportunidade para que eles continuem e sejam rapazes e homens de bem.”

A secretária também contou que anda pelo DF e ouve muitas mães querendo uma atenção para os filhos delas. A Sejus-DF cuida das crianças desde o momento em que ela nasce através de política pública. De crianças, através de Conselhos Tutelares e dos adolescentes. Temos que entender que nós precisamos cuidar da nossa sociedade. Seja através de tudo que está na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente onde criança e adolescente é prioridade absoluta do Estado.

De acordo com Passamani, ao visitar cidades do DF, ao detectar uma ação social prontamente há um contato para pegara na mão e dizer “precisamos do seu trabalho, porque é você que está na ponta, conhece a dona Joana, dona Maria que mora na quadra 102 e sabe os problemas da sua comunidade. Assim, se alcança a quem mais precisa de ajuda.

A Sejus-DF direciona as ações para alcançar a maior quantidade de pessoas e transformar vidas. “É isso que a gente precisa.”

Violência contra a mulher

Qual o papel da Sejus-DF combater a violência doméstica e outros tipos contra a mulher? Passamani respondeu que, atualmente, trabalha em conjunto com a Subsecretaria de Vítimas da Violência. Foi registrado um aumento no ano de 2020 de 180% no disque 100, que são veiculados ao governo federal, um aumento em todas as partes.

“Em DOS, crianças e adolescentes, o público LGBT todos eles atendemos através da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência. Temos vários projetos que fazem o fortalecimento da mulher, do idoso, da criança e do adolescente que também sofreu violação de seus direitos, e é por meio do Programa de Acompanhamento às Vítimas de Violência, com acompanhamento psicológico”, explicou Passamani.

“Onde a gente consegue trazer essas pessoas vítimas de violência para o convívio de outras pessoas que viveram situações como ela, onde há uma identificação. Elas conseguem se perceber aquele ciclo de violência. Conseguimos através de uma escuta especializada romper com ciclos de violência”, exemplificou.

Fortalecimento da mulher

Os índices de violência crescem na quantidade da categoria de violência patrimonial, psicológica e emocional. “É importante, mulherada que está nos ouvindo, saber que apanhar, ter agressão física, qualquer forma de inibição do seu ser, que te menospreze, que te deixe numa situação humilhante é um tipo de violência. Temos que identificar e fazer o fortalecimento da mulher. A mulher tem que se entender e se sentir merecedora e se valorizar.

“Sabemos que todas nós podemos estar onde nós quisermos e merecemos. Então, por favor, se valorize, se ame, se aceite. Não precisa ter medo, porque a primeira coisa, você é maravilhosa e merece tudo de maravilhoso na sua vida. E você pode contar com outras mulheres que trabalham nesse alinhamento para conquistar políticas públicas e projetos que possam valorizar seu espaço na sociedade.

A maioria de mulheres se sente vinculadas ao agressor porque elas dependem economicamente. A Sejus-DF possui outro programa que é do Banco de Talentos. Grupo de mulheres que buscam achar o seu lugar ao sol vendendo os seus produtos, criando uma qualificação profissional. Por meio desse valor que você almeja, que você conquista você consegue mais força para romper esse ciclo de violência.  

Casamento Comunitário faz sucesso

Um dos programas que mais faz sucesso da Sejus-DF, em parceria outras secretarias, é o Casamento Comunitário.

Em 2020 ocorreu a primeira edição. E, agora no dia 30 de maio, no Museu da República, às 17h, 40 casais ficaram unidos pelo matrimônio. Mas foram inscritos mais de 200 casais para realizar o grande sonho. Importante que o primeiro casamento comunitário foi feito na pandemia.

No entanto, seguindo todas as normas sanitárias, com aplicação de todas as regas de segurança, para todos os participantes. Foi transmitida, pelo portal do GDF, a cerimônia para os familiares. Só os noivos compareceram na cerimônia. Vestido, buquê, maquiagem, bolo com bem-casado, fotógrafo, tudo gratuito, vestido de noiva, maquiagem são todos buscados com parcerias.

As inscrições são feitas para casais acima de dezoito anos, que residam no DF e que não sejam casados. Além disso, a renda máxima é de dois salários-mínimos para atender público vulnerável. “Vamos abrir inscrições, acompanhe nas redes sociais, Sejus-DF e acompanhe ouvinte, que todo dia tem uma novidade para você”, concluiu a secretária Marcela Passamani.