Na última quinta-feira (16) o julgamento da deputada distrital Liliane Roriz (PTB), foi adiada pela terceira vez. Ela é acusada de compra de votos e falsidade ideológica na campanha eleitoral de 2010.
Cinco dos seis desembargadores já haviam votado para condená-la a 3 anos e 9 meses de reclusão e multa de R$ 44 mil. Apesar de a corte eleitoral ter formado maioria contra a deputada, a defesa de Liliane apresentou provas para tentar livrá-la da punição.
A advogada Ezikelly Barros, Liliane está sendo processada duas vezes pelos mesmos fatos. Ela afirma que o processo é idêntico ao que condenou a distrital em março de 2016, e que agora está sob análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o ministro Luiz Fux.
Ezikelly entregou, nesta quinta, memoriais aos desembargadores do TRE relatando as supostas nulidades. Com as informações da defesa, o tribunal decidiu reanalisar o caso e, agora, os desembargadores poderão mudar o voto inicial.
Depois de sugerir a atual condenação em pauta, o primeiro relator do caso, Rômulo de Araújo, saiu do caso após ser promovido ao Tribunal de Justiça do DF no início deste ano. Ele foi substituído pelo desembargador Carlos Divino, que pediu tempo para se inteirar do processo.
O processo contra a distrital estava pautado para julgamento na semana passada, com a devolução do pedido de vista do desembargador Everardo Gueiros. Mas um problema técnico teria impedido que o caso voltasse à discussão.
Segundo a assessoria do tribunal, uma demora na degravação dos áudios da primeira sessão, em dezembro, impediu o relator atual de se informar sobre o assunto. Divino só teria informado do contratempo horas antes do julgamento.