Manifestações pró-Bolsonaro reúnem apoiadores em sete capitais

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Foto: Redes Sociais

Ato liderado por Michelle Bolsonaro e Nikolas Ferreira contesta decisões do STF e reforça discurso bolsonarista nas ruas

 

Milhares de manifestantes saíram às ruas neste domingo (3) em ao menos sete capitais brasileiras para expressar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e protestar contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Os atos ocorreram em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Em Belém, a manifestação contou com a presença de Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher. Em ascensão no núcleo político bolsonarista, Michelle tem ampliado sua atuação em eventos públicos, puxando orações e discursos voltados ao eleitorado evangélico, em uma tentativa de manter viva a base do ex-presidente, inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em Belo Horizonte, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi o principal orador do evento, que reuniu milhares de apoiadores e teve como pauta central a crítica à atuação do STF, com pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já em Brasília, parlamentares bolsonaristas participaram do ato na Esplanada dos Ministérios. No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, marcou presença. Em São Paulo, a manifestação se concentrou na Avenida Paulista, tradicional reduto de mobilizações políticas, onde eram esperadas figuras de destaque do bolsonarismo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, não participou por motivos médicos.

As manifestações foram convocadas por lideranças da direita radical, como o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Os atos ocorrem em meio ao endurecimento das medidas judiciais contra Bolsonaro, réu no STF por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Desde 18 de julho, o ex-presidente cumpre medidas cautelares impostas por Moraes, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de uso de redes sociais e contato com outros investigados, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A prisão preventiva segue descartada, mas as restrições têm sido interpretadas como estratégias do Judiciário para conter articulações políticas de Bolsonaro.

Na mesma semana, a deputada Carla Zambelli (PL-SP), também ligada ao bolsonarismo, foi presa na Itália. Condenada a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela estava foragida há dois meses. O STF solicitou sua extradição, reforçando o cerco judicial à ala mais radical da direita brasileira.

Mais lidas

Mulher transporta filha em mala e é presa
Messi se machuca e vira preocupação para a...
Manifestações pró-Bolsonaro reúnem apoiado...
...