Mandetta anuncia que fica no ministério em coletiva no Ministério da Saúde

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

Servidores chegaram a esvaziar as gavetas de Luiz Henrique Mandetta.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e os demais ministros que permanecerá no cargo, em entrevista coletiva na sede da pasta nas Esplanda dos Ministérios, em Brasília.

O ministro enfatizou que busca ser a voz da ciência em parceria com demais entidades relativas à saúde, além dos ministérios.

“Quis o destino que a melhor equipe técnica pudesse ter sido formada nesse intervalo de tempo. Somos o espelho daqueles que estão lá nas unidades de saúde desde a unidade básica do nosso menor município a todos os hospitais brasileiros tanto públicos, quanto privados. Procuramos ser aqui a voz da ciência. Nós procuramos as sociedades de especialidades, Conselho Federal de Medicina para fazer protocolos para adotar drogas e estratégias.”

Ele lembrou que abriu o ministério para as demais pastas e Controladoria Geral da União. “Trabalhamos o tempo todo com transparência nos números nas discussões e nas tomadas de decisões”, disse.

Em relação à críticas, sem citar nome de Bolsonaro, foi enfático. “Não temos nenhum receio da crítica. A crítica construtiva ela enobrece e nos faz rever e dar passos à frente. Gostamos da crítica construtiva.”

“Temos dificuldade em determinadas situações, ou determinadas impressões as críticas não vem no sentido de construir, mas que vem para trazer dificuldade no ambiente de trabalho”, observou Mandetta.

“Isso não precisa traduzir”

“Isso não preciso traduzir. Vocês todos sabem que tem sido uma constante. O ministério da Saúde adotar uma determinada linha, situação de termos muitas vezes que voltar, fazer determinados contrapontos para podermos reorganizar a equipe que fica numa sensação de angústia”, afirmou, transparecendo o clima de dificuldade no trabalho.

Mandetta revelou que no dia de hoje o trabalho no ministério rendeu muito pouco . Ele explicou que “ficou todo mundo, aqui, com a cabeça meio avoada se eu iria permanecer, se eu iria sair”.

Em seguida, ele aproveitou para agradecer a solidariedade dos servidores. “Se você sair, vamos sair juntos. Aquela história toda. Gente aqui dentro limpando gaveta, pegando as coisas. Até as minhas gavetas vocês ajudaram a fazer as limpezas das minhas gavetas”, contou ele sobre o clima pesado nas salas do MS.

“Nosso inimigo tem nome”

Então Mandetta confirmou que ficará no ministério. “Vamos continuar, porque continuando a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome é o Covid-19. Temos uma sociedade para tentar lutar, para tentar proteger. Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar”, frisou.

Quanto às condições de trabalho para os médicos “precisam ser para todos”.

“Eu vou tentar trazer as melhores condições para vocês na ponta. A única coisa que a gente está pedindo que nós tenhamos o melhor ambiente para trabalhar aqui dentro do ministério”, ressaltou.

Reunião com Bolsonaro

Mandetta informou que a reunião foi muito produtiva. Ele disse que o governo se “reposiciona no sentido de ter mais união, de ter mais foco de todos unidos em direção a esse problema”.

Depois, o ministro disse que o ritmo de trabalho deve continuar. “Então agora, nós vamos terminar a coletiva. Vamos voltar lá para o quinto andar. Vamos retomar o serviço que temos que retomar. Temos que saber se a China vai normalizar o abastecimento. Temos que saber se os parâmetros internacionais de mercado vão nos dar alguma segurança”, cobrou da equipe de trabalho.

O ministro reforçou que as recomendações dos governadores devem ser seguidas a risca. “Enquanto não tivermos regularização de estoques de EPI. Enquanto não tivermos uma previsibilidade de colocação de respiradores, ventiladores, as condições de mudarmos as recomendações. Reforçamos que devem ser seguidas as orientações dos governadores do estado.”

O que o vírus quer

Segundo Mandetta a sociedade precisa entender que “a movimentação social é tudo o que esse vírus quer.

Na visão de Mandetta, a movimentação social vai levar esse vírus para “as camadas frágeis da nossa sociedade e mais numerosas para os moradores de rua, para as comunidades, para as favelas.

“Vida é vida. Não tem nenhuma pessoa que não será atendida pelos serviços médicos. Eles precisam ter as condições de fazer esse atendimento. Não estamos preparados, prontos para uma escalada de casos nas nossas grandes metrópoles. Ainda temos muito o que fazer. Já estamos muito melhor do que estávamos.

Mandetta mencionou sobre as cobranças em cima da pasta que comanda. “Cobram do Ministério da Saúde que se criem leitos nos hospitais, que retire as pessoas de favelas. As favelas são numerosas, são históricas. Além de terem muita complexidade, as pessoas se identificam com as suas casas. E elas tem todo o direito de saber aonde elas querem viver”, enfatizou.

Ele também falou da falta de transporte público adequado, de saneamento básico. “E cobram do Ministério da Saúde como vamos tirar aquelas pessoas para que não se contaminem. Como se quiséssemos falar, faz-se a luz e a luz se fez.”

Para o ministro, a saúde e a ciência ainda irá encontrar uma saída mais elegante para o problema, porque isolamento é uma saída muito primitiva diante de uma doença contagiosa.

“É hora de proteção aos nossos idosos e nossas famílias. O momento é distanciamento social. Isso que vocês passaram durante duas semanas isso não é quarentena não é lock down. Pode sim fazer uma caminhada, pode sair um pouco ao ar livre, mas não pode aglomerar”, disse Mandetta.

Foto: Floriano Rios/Ministério da Saúde

Mais lidas

Criança de 9 anos morta em conflito em Cei...
Senac-DF e Casa de Chá: O encontro transfo...
Ajude o RS: Sesc-DF envia doações
...