Maia: “Weintraub fugindo de alguém”, ironiza Maia

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionou nesta terça-feira (23), em entrevista a jornalistas, se o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub estava “fugindo de alguém” ao viajar para os Estados Unidos. “Estranho, né?”, acrescentou.

Abraham Weintraub anunciou a demissão do ministério na quinta-feira (18), mas a exoneração dele só foi publicada no sábado (20) no “Diário Oficial”, depois de Weintraub ter informado em uma rede social que estava na Flórida (EUA).

O episódio provocou polêmica. Weintraub é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal, e o Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que apure o caso, uma vez que, segundo o MP, dinheiro público pode ter sido usado na viagem de Weintraub.

Mais cedo, nesta terça, o “Diário Oficial” publicou um novo decreto, informando que a exoneração de Weintraub se deu a partir de sexta (19). Questionado sobre o assunto, Rodrigo Maia respondeu:

“Eu não entendi porque. Ele estava fugindo de alguém? Estranho, né? Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo, né? Geralmente, é o contrário: as pessoas fogem porque estão sendo perseguidas pelo governo. Então, eu acho que é uma coisa meio atabalhoada, né? Não faz muito sentido. Ninguém está sentindo a falta dele no Ministério da Educação, né? Ninguém queria que ele ficasse do Brasil de qualquer jeito porque, de fato, é uma pessoa que mais atrapalhou do que ajudou.”

Brasileiros estão obrigados a fazer quarentena para entrar nos Estados Unidos por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas o decreto americano que definiu essas regras tem exceções, uma das quais diz respeito a vistos que autorizam a entrada diretamente.

Ministros têm direito a esse visto especial. Como ao desembarcar em Miami Weintraub ainda não havia sido exonerado, ele pode ter se valido desse visto para entrar.

Divergências

Rodrigo Maia e Weintraub tinham divergências públicas. O presidente da Câmara chegou a dizer que, quando precisasse dialogar com o governo, trataria de temas sobre educação com ministros da articulação política, não com o então ministro da Educação.

“Eu não entendi essa necessidade toda, de se criar um ambiente para ele [Weintraub] sair correndo do Brasil. Até porque ele está sendo indicado para um banco internacional. Certamente, ele teria autorização dos Estados Unidos para entrar no país. Não entendi. Uma confusão que eu não consegui compreender agora o objetivo dela”, completou o presidente da Câmara nesta terça.

Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, a avaliação no Palácio do Planalto é que a forma como Weintraub deixou o país, dando a aparência de uma “fuga”, criou constrangimentos.

Conforme o blog, um auxiliar direto do presidente Jair Bolsonaro disse que a saída “sorrateira” do ex-ministro da Educação expôs Bolsonaro a questionamentos.

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