O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acaba de se dirigir ao Palácio do Planalto para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro. Mais cedo, em reunião pro videoconferência o chefe do executivo pressionou empresários pesos pesados para convencer governadores a flexibilizar o fechamento do comércio e indústria.
Nesta manhã, à saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse estar aberto para conversar com os governadores para evitar que o isolamento prejudique o andamento da economia. Ele chegou a citar que “o Brasil está quebrando”. Continuou a criticar a postura de pelo menos 10 governadores que preferiram não aderir a abertura do comércio e indústria.
Nesta quinta-feira (14). Bolsonaro criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por suas indicações de relatorias de matérias enviadas pelo governo. O chefe do Executivo se posicionou de forma contrária ao lockdown.
Segundo Bolsonaro, Maia “sinaliza que não quer resolver nada” pelas suas indicações em relatorias. “Parece que quer afundar a economia para ferrar o governo e talvez tirar um proveito político lá na frente.”
Pressão em empresários
O presidente pressionou agora, nesta tarde de quinta-feira (40) empresários para “pegar pesado com os governadores”, no sentido de abertura das atividades econômicas.
Em videoconferência, o chefe do Executivo convocou o empresariado a “jogar pesado” com o governador de São Paulo, João Doria, para evitar o lockdown no Estado como medida de combate ao novo coronavírus.
Para Bolsonaro, há “uma guerra” e uma uma tentativa política de tentar quebrar a economia para atingir o seu governo.
Bolsonaro criticou as medidas de lockdown que passaram a ser consideradas por Doria, um de seus principais adversários políticos. São Paulo tem 54.296 casos confirmados de novo coronavírus e 4.315 mortes.
“Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, o futuro da economia do Brasil. Os senhores, com todo o respeito, tem que chamar o governador e jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra. É o Brasil que está em jogo, se continuar o empobrecimento da população daqui a poucos seremos iguais na miséria”, disse
O presidente defendeu a abertura rápida do mercado e providências imediatas para evitar consequências como possibilidade de “caos”, “saques” e “desobediência civil”. Segundo o presidente, neste caso não adiantará convocar as Forças Armadas porque não haverá militares suficientes para atuar na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A reunião entre Maia e Jair Bolsonaro terminou por volta das 16h20. Agora, em apuração o que foi discutido por até agora antagonistas na questão do isolamento social.