Lula decide demitir Silvio Almeida após denúncias de assédio

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Foto: Ricardo Stuckert - PR

 

 

Por Carlos Arouck

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, nesta sexta-feira, pela demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, após denúncias de assédio moral e sexual virem à tona. A decisão foi tomada em meio à crescente pressão dentro e fora do governo para que o caso fosse investigado e resolvido de forma rápida e transparente.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, revelou durante uma reunião com outros ministros que também teria sido vítima de assédio por parte de Almeida, confirmando os rumores que circulavam nos bastidores de Brasília. Segundo fontes próximas ao Palácio do Planalto, Anielle compartilhou detalhes dos episódios, o que teria acelerado a decisão de Lula.

A Polícia Federal (PF) já anunciou que abrirá um inquérito para investigar as denúncias contra o agora ex-ministro. A investigação incluirá depoimentos de funcionários do Ministério dos Direitos Humanos e de outras partes envolvidas, a fim de apurar com rigor os relatos de abuso. A expectativa é que as investigações ganhem celeridade diante da gravidade das acusações.

Com a saída de Silvio Almeida, a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Rita Cristina de Oliveira, também pediu exoneração de seu cargo. A movimentação aumenta a turbulência no ministério, que passa por uma crise sem precedentes desde sua criação. Rita Cristina, considerada braço-direito de Almeida, optou por sair em solidariedade ao ex-ministro e também por discordar dos rumos que a pasta vem tomando.

Ainda não foi confirmado quem assumirá a liderança do ministério após a exoneração de Almeida. Lula deve indicar um novo nome nos próximos dias para tentar controlar os danos causados pela crise e restabelecer a confiança nas instituições envolvidas.

A demissão de Silvio Almeida representa um dos momentos mais delicados do governo Lula até agora, com impacto direto nas relações internas do gabinete e na imagem pública do governo em relação à promoção dos direitos humanos. A base aliada no Congresso também se mobiliza para entender o impacto dessas denúncias no apoio às pautas prioritárias do governo no segundo semestre de 2024.

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