Lula adia exoneração de ministro indiciado por corrupção

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Lula minimiza indiciamento de ministro Juscelino Filho e acredita na inocência

 

Genebra – Em meio a uma visita à Suíça nesta quinta-feira (13), o presidente Lula (PT) minimizou a decisão da Polícia Federal de indiciar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suposta participação em um esquema de corrupção. O presidente adiou a decisão sobre a exoneração do ministro, argumentando que este terá a oportunidade de se defender.

O indiciamento de Juscelino Filho foi baseado em alegações de desvio de emendas parlamentares para seus redutos eleitorais, utilizando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As acusações incluem corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Lula, ao ser abordado na Suíça, disse que não considera o indiciamento uma prova de culpa. “Eu acho que o fato de ser indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e que a acusação foi aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, vou conversar hoje [quinta-feira, 13] e tomar uma decisão sobre esse assunto,” afirmou o presidente.

Acusações e defesa

Juscelino Filho, deputado federal licenciado, foi acusado de destinar recursos de emendas parlamentares para uma estrada que beneficiaria suas propriedades em Vitorino Freire (MA), município administrado por sua irmã, a prefeita Luanna Rezende, também sob investigação. Em resposta às acusações, Juscelino classificou o indiciamento como uma ação “política e previsível” e reiterou sua inocência em nota divulgada na quarta-feira (12).

“É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados,” declarou Juscelino.

O caso está sob a relatoria do ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda passará pelo crivo da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se denunciará ou não Juscelino Filho, com a possibilidade de arquivar o inquérito ou requisitar novas diligências para aprofundar as investigações.

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