Libertem os Índios

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Por Carlos Arouck

O Brasil é uma nação conhecida por sua biodiversidade, que cada dia mais procura alavancar seu desenvolvimento por meio da exploração de suas riquezas naturais. Mas até hoje existem militantes que impedem esse crescimento econômico sob pretexto de evitar o esgotamento dos recursos, a destruição da floresta amazônica e a corrupção do modo de vida indígena. Tais grupos posam de salvadores do planeta. No entanto, menosprezam as tradições de nossos povos originários e só falam em sustentabilidade para angariar adeptos às suas pautas.

 

 

Ativistas nascidos em cidades grandes esquecem que os índios da amazônia nasceram nas florestas, sabem manejá-la com prudência, mas desejam ao mesmo tempo tirar seu sustento dali sem necessariamente ter que viver de forma primitiva. As etnias convivem com o bioma amazônico desde sempre e dela retiram a sua subsistência e seu modo de vida. Com a chegada dos portugueses, em remotos anos, a imposição do colonizador determinou a mudança de comportamento indígena por meio da escravidão e do subjugo religioso, o que impactou negativamente a crença primitiva e cultural daqueles povos. Passaram a ser tratados de forma desrespeitosa, sem direitos, tutelados. Foram anos de transformação forçada e violenta, de apropriação indevida.

 

 

No Brasil, são centenas de etnias com línguas diversas e costumes variados, que por vezes assustam os ditos “civilizados”, por não seguirem os ritos religiosos trazidos pelos povos descobridores. Os silvícolas possuem suas culturas e o conhecimento trazido da convivência com a floresta, que até hoje sofre a influência dos homens brancos, em geral, maléfica.

 

 

Após todos esses anos de domínio, as diversas etnias indígenas começaram a aceitar os novos hábitos e conhecimentos para poderem sobreviver e alcançar o desenvolvimento que os permitiria distanciar do atraso em que viviam. Descobriram um mundo novo de tecnologia de ponta, medicina avançada, internet, e, mais ainda, uma vida próspera fora de seus cercadinhos impostos por governos, ONGs, ideologias e principalmente, pelo interesse internacional nas suas riquezas.

 

Nas calhas dos rios Solimões, Javari e Negro, uma riqueza de etnias com vários povos de costumes, línguas e crenças diversas formam um maciço imenso de índios nas suas margens. Só na região de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, estima-se mais de 25 mil índios. Todos com desejos de prosperar e conquistar novos espaços, mas sem perder sua identidade cultural e mitos.

 

 

Porém, a ausência do Estado afasta muito essa possibilidade. Existem comunidades indígenas ao longo da calha do Solimões que criam seu próprio conceito de Estado e de governo, formulando a sua própria polícia, seu próprio prefeito, e seu próprio desenvolvimento. A presença do conforto dos “civilizados” em suas residências facilita o entendimento de que a prosperidade tem que fazer parte de suas rotinas.

 

 

A ONU reforça, em seu relatório de 2021, que devido às reservas indígenas demarcadas, o meio ambiente se manteve conservado, evitando a emissão de 60 milhões de CO2 na camada atmosférica. Tal situação demonstra que as comunidades internacionais preferem utilizar os povos indígenas brasileiros em seus projetos, desprezando a vontade de muitas etnias de conquistar seu espaço e acesso ao seu desenvolvimento.

 

 

O título equivocado aos índios de “guardiões da floresta” impede seu próprio crescimento, por motivo ideológico e pelo interesse de países comprometidos em “preservar” as terras dos outros. Trata-se de um contrassenso, uma vez que esses mesmos países destroem suas florestas e seus meio ambientes, jogando a responsabilidade de preservação e sustentabilidade para os índios brasileiros.

 

 

Para uma reflexão mais objetiva, devemos considerar que as ditas nações indígenas sejam libertas de compromissos alheios, para que esses povos se concentrem em suas questões ambientais e deixem os povos originais terem o direito que nunca foi negado aos demais povos, de se desenvolverem e libertarem da escravidão imposta por estrangeiros até os dias de hoje.

 

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