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Do Supremo ao ministério: O novo ministro Ricardo Lewandowski e seu impacto nas decisões que marcaram sua carreira
O recém-nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, acumula uma trajetória marcada por decisões favoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores (PT) durante seus 17 anos no Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado por Lula em 2006, sua atuação incluiu posições que beneficiaram investigados no mensalão e na Operação Lava Jato.
Aposentado do STF em abril do ano passado, Lewandowski, conhecido de longa data por Lula desde os tempos de sindicalismo nos anos 1970, assumirá o cargo em 1º de fevereiro após resolver compromissos pessoais, incluindo a saída de seu escritório de advocacia.
Uma das decisões mais impactantes de Lewandowski foi a declaração de parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro na condução de casos da Lava Jato envolvendo Lula. Esta decisão, em 2021, possibilitou que o petista se candidatasse à Presidência em 2022.
No julgamento do mensalão, Lewandowski, revisor do caso, votou pela absolvição de José Dirceu e José Genoino, destacando a falta de provas e considerando as acusações mais políticas do que jurídicas. Em 2021, anulou provas contra Lula obtidas em acordo de leniência entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal.
Além disso, concedeu à defesa de Lula acesso a conversas da Operação Spoofing, contribuindo para revisões de decisões da Lava Jato. Como presidente do STF em 2016, permitiu que o impeachment de Dilma Rousseff ocorresse separadamente da suspensão dos direitos políticos. Próximo à sua aposentadoria, em 2023, suspendeu trechos da Lei das Estatais, favorecendo a indicação de políticos em empresas públicas, um tema de interesse do governo Lula.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
