O que levou Leandro Grass a apoiar um ex-presidente condenado pela Justiça?
O candidato ao governo do Distrito Federal, Leandro Grass (PV) sempre criticou o Partido dos Trabalhadores [PT], em especial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “a marca da corrupção sistêmica” e afirma na mesma postagem que em 2014, campanhas foram feitas “com caixa 2 e desconstrução pessoal de Marina Silva pelo PT”.
A postagem de anos atrás dita por Leandro Grass contrasta com o abraço que o então postulante ao Buriti deu ao ex-presidente Lula no mês passado em uma aliança entre Grass e Lula no DF.
Grass chegou a confidenciar a interlocutores que “Não existe a menor chance de aliança com o PT.”
O parlamentar – deixou o partido Rede Sustentabilidade no dia [6/2] – e filiou ao PV, que formalizou a federação pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PC do B) – ganhando a guerra de braço contra o deputado distrital pelo DF, Chico Vigilante e se tornou o preferido para o pleito deste ano para eleições de 2022.
Leandro Grass apareceu publicamente com Lula em um ato público em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento foi visto pelos brasilienses e políticos da capital federal, como uma relação bem diferente entre Lula e Grass, marcada por um histórico de críticas, acusações e embates nos últimos anos.
Pelo visto, o postulante ao Palácio do Buriti usa dois pesos, duas medidas e esquece dos escândalos de corrupção que assolaram o país.
Como dizem por aí, no fundo do poço havia um alçapão. As pessoas têm a memória curta demais. Não chega nem sequer a ser uma vaga lembrança. Pois qualquer um que lembre do que os governos e os políticos petistas fizeram nas últimas décadas certamente não torceria para que Lula se torne mais palatável ao eleitorado.