Arquiteta e sobrinha do piloto fala sobre a Senna Tower, esculturas icônicas e o legado emocional do ídolo
A artista, arquiteta e escultora Lalalli Senna, sobrinha de Ayrton Senna, lidera um dos maiores projetos em homenagem ao piloto: a Senna Tower, em Balneário Camboriú (SC). Em entrevista à revista MOTOR SHOW, Lalalli compartilhou detalhes da construção, que está em desenvolvimento há seis anos, e falou sobre sua conexão afetiva com as homenagens ao tio.
“É difícil criar uma obra que emociona e conecta tantas pessoas. Ayrton conseguiu unir o país em torno de valores positivos, e como família temos a responsabilidade de preservar esse legado”, afirmou. Com cerca de 550 metros de altura, a torre — inspirada nas pistas e na velocidade — foi projetada como símbolo de superação. “A ideia é que cada um veja nela o seu próprio herói interior”, explicou.
A estrutura, com previsão de abertura ao público no fim de 2025, terá exposições, espaços interativos e apartamentos de luxo. Com investimento de R$ 3 bilhões, o empreendimento prevê um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 8,5 bilhões. Até o momento, R$ 1,3 bilhão já foi comercializado. Serão 228 unidades, entre mansões suspensas, coberturas e apartamentos, com destaque para compradores do Sul e Centro-Oeste do Brasil e do exterior.
Além da Senna Tower, Lalalli é autora dos bustos de Ayrton instalados em Interlagos e no Vaticano. Ela revelou que a primeira escultura foi um pedido de sua avó, Neyde Senna, o que a deixou emocionada e pressionada. “A família toda aprovou, mas eu não conseguia parar de querer melhorar. Acho que é o espírito do Ayrton, sabe? Aquela busca eterna por superação”, disse.
A escultura em Interlagos, feita com material reflexivo, foi pensada para que os visitantes se vejam no rosto do ídolo. “A arte nunca está igual, cada pessoa se vê nela. É uma forma de dizer que o Ayrton só virou quem foi por causa dos fãs”, concluiu.