O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, deu o primeiro voto a favor da anulação das provas colhidas em escritórios de advocacia, em setembro do ano passado, no âmbito da Operação E$quema S. Mas, nesta terça (27) o ministro Kassio Marques pediu vista.
Foram alvos 27 advogados, incluindo Cristiano Zanin (advogado de Lula), Frederick Wassef (que defende a família Bolsonaro), Eduardo Martins (filho do presidente do STJ, Humberto Martins) e Adriana Ancelmo (mulher de Sergio Cabral).
Para Gilmar Mendes, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, não tinha competência para supervisionar a investigação, que apura desvios de R$ 151 milhões da Fecomércio do Rio.
Segundo o Ministério Público Federal, os recursos eram repassados a advogados que vendiam a Orlando Diniz, ex-dirigente da entidade, influência e prestígio junto a ministros do STJ e do TCU, com promessas de livrá-lo de punições por irregularidades na gestão do Sistema S do Rio.
No voto, Gilmar Mendes reconheceu que não há indícios de envolvimento dos ministros de tribunais superiores, que têm foro privilegiado, o que afasta a competência do Supremo no caso.