A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (20) cinco acusados de participarem da chamada “máfia dos concursos”. O grupo foi alvo da segunda fase da operação Panoptes, de 2017.
A pena mais alta, de 10 anos e 3 meses de prisão, recai sobre Ricardo Silva do Nascimento, então servidor da banca de concursos Cebraspe (antigo Cespe) – ligada à Universidade de Brasília (UnB). De acordo com a sentença, ele terá de ser demitido do funcionalismo público.
Pela decisão, o grupo também foi condenado a pagar R$ 1 milhão de indenização por danos morais. Todos os condenados também ficam impedidos de exercer função ou cargo público por pelo menos oito anos após acabarem de cumprir a pena.
Dois réus que também eram acusados de fazerem parte da máfia acabaram absolvidos por falta de prova: Alda Maria de Oliveira Gomes e Natal José de Lima.
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Agente da Polícia Civil carrega malote com documentos apreendidos — Foto: Elielton Lopes/G1
As investigações começaram após denúncias de fraudes no concurso dos bombeiros e no vestibular de medicina da UnB, em que eram cobrados até R$ 220 mil por uma vaga. O grupo também é acusado de tentar fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo as investigações, uma das técnicas utilizadas era a de autorizar o candidato a preencher o gabarito em tinta apagável, que depois era substituída pelos membros da organização criminosa.
Em outra delas, o candidato usava um ponto eletrônico (espécie de fone de ouvido) para receber instruções sobre o gabarito. Também havia a opção de o candidato deixar aparelhos celulares em pontos diferentes do local de prova, como o banheiro, para consultar as respostas.
Fonte: G1