Centrad ainda aguarda solução definitiva, afirma secretário José Humberto em entrevista ao Supera Brasília
Em entrevista ao programa Supera Brasília, apresentado por Josiel Ferreira e Gezanias Sousa, o secretário de Estado do Governo do Distrito Federal, José Humberto Pires, esclareceu a situação atual do Centro Administrativo do DF (Centrad), um projeto que se arrasta há mais de uma década e ainda aguarda uma solução definitiva para sua ocupação.
Durante a conversa ao vivo, José Humberto fez um retrospecto do empreendimento, relembrando que a concepção do Centrad surgiu ainda na gestão do ex-governador José Roberto Arruda. “O pensamento era descentralizar o governo, aproximando-o da população da região oeste do DF. O projeto foi feito em parceria público-privada, mas infelizmente não se concretizou como o planejado”, explicou.
Segundo o secretário, a estrutura foi entregue com um habite-se emitido durante o governo Rollemberg, mas posteriormente cassado pela Justiça devido à ausência de obras externas essenciais. “Essas obras, como viadutos e acessos viários, são pré-requisitos para a funcionalidade do Centrad e não foram realizadas. Hoje, orçam cerca de R$ 180 milhões”, detalhou.
José Humberto também destacou que, ao assumir o governo, o governador Ibaneis Rocha determinou um levantamento completo das pendências relacionadas ao Centrad. “Foi criado um grupo de trabalho coordenado pelo doutor Marcelo Galvão, com participação de diversas secretarias e apoio técnico da Novacap, que contratou uma auditoria para avaliar a real situação do prédio”, afirmou.
O secretário enfatizou que, apesar de o imóvel já pertencer ao GDF, questões jurídicas com a Caixa Econômica Federal e investidores ainda precisam ser resolvidas. Além disso, diversas áreas do edifício carecem de conclusão, incluindo instalações elétricas, hidráulicas, ar-condicionado e acabamentos internos.
Entre as possibilidades em estudo para o uso do espaço, estão a transferência de órgãos como o Na Hora, o BRB e outras secretarias. Enquanto a decisão não é tomada, o governo mantém vigilância e manutenção da estrutura.
A expectativa é que, com a auditoria em andamento, o GDF tenha um diagnóstico completo para que o governador Ibaneis ou sua sucessora interina, Celina Leão, tomem a decisão final sobre a ocupação e funcionamento do Centrad.
“A decisão será técnica e baseada em dados precisos. O objetivo do governador é encontrar uma solução definitiva e que beneficie a população”, concluiu José Humberto.