John Bolton revela sua visão sobre o futuro da Venezuela

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Por Carlos Arouck

Em uma entrevista contundente à rádio La FM, John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional do governo de Donald Trump, trouxe à tona suas preocupações e críticas sobre as políticas dos Estados Unidos em relação à Venezuela. Conhecido por sua postura inflexível contra o regime de Nicolás Maduro, Bolton analisou o desempenho das administrações de Trump e Biden, alegando que ambas falharam em provocar uma verdadeira mudança no país sul-americano.

John Bolton serviu como conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump entre 2018 e 2019, período em que defendeu uma política externa agressiva contra regimes autoritários, incluindo o de Nicolás Maduro na Venezuela. Sua saída do governo foi marcada por divergências com Trump sobre a abordagem correta para lidar com questões internacionais, como a crise na Venezuela.

Bolton, conhecido por sua postura rígida contra Maduro, afirmou que tanto as administrações de Trump quanto de Biden falharam em promover mudanças significativas na Venezuela. “Maduro não deixará o poder para dialogar com os EUA”, declarou Bolton. Para ele, as tentativas de negociação não surtirão efeito, pois Maduro, que, segundo Bolton, “roubou as eleições”, apenas responde a pressões e sanções. Em suas palavras, a estratégia apresentada recentemente pelo The Wall Street Journal não terá “qualquer tipo de efeito”. Bolton não poupou críticas ao governo Biden, argumentando que as tentativas de diálogo e as sanções aplicadas de forma inconsistente apenas fortaleceram Maduro. Ele destacou que, ao não aplicar uma pressão contínua e mais intensa, Biden acabou por dar mais fôlego ao regime venezuelano, perpetuando o sofrimento do povo.

Além disso, Bolton questionou a confiança dos Estados Unidos em países como Brasil, Colômbia e México, sugerindo que seus governos são demasiadamente próximos ao regime de Caracas para desempenhar um papel significativo no conflito venezuelano. As declarações de Bolton podem ressoar negativamente, especialmente nesses governos que ele classificou como cúmplices do regime de Caracas. Isso pode complicar a já tensa relação dos EUA com esses países, que têm buscado suas próprias estratégias de engajamento com a Venezuela.

Em resposta a questionamentos sobre uma possível intervenção militar dos EUA, Bolton foi categórico: “Não haverá intervenção militar dos Estados Unidos”. Segundo ele, as políticas adotadas por Trump e Biden em relação à Venezuela têm sido fracas e insuficientes. Bolton sugere que a estratégia mais viável é fomentar a divisão dentro das forças armadas venezuelanas. “Somente quando houver uma rebelião militar, Maduro estará realmente em perigo”, enfatizou. Ele acredita que os EUA devem endurecer as sanções contra o regime para enfraquecer Maduro e, ao mesmo tempo, a oposição venezuelana deve trabalhar para incitar uma revolta militar contra o governo.

Atualmente, a Venezuela enfrenta uma crise econômica devastadora, com hiperinflação, escassez de alimentos e medicamentos, e uma migração em massa de cidadãos buscando melhores condições de vida no exterior. No campo político, Maduro tem mantido controle sobre as instituições, mas a insatisfação dentro das forças armadas permanece uma incógnita, sendo essa uma das apostas de Bolton para uma possível mudança de regime. Para ele, o caminho para a liberdade na Venezuela passa por uma estratégia de maior pressão e por uma oposição que seja capaz de criar fissuras significativas dentro do aparato militar de Maduro.

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