PF conclui envolvimento em crime que chocou o país, com detalhes surpreendentes emergindo da investigação
A Polícia Federal (PF) concluiu que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão teriam contratado o ex-policial militar Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco em 2018, juntamente com seu motorista, Anderson Gomes. A divulgação dessa conclusão veio após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo do inquérito.
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, foram presos pela manhã de hoje por ordem de Moraes. A investigação da PF aponta que o assassinato de Marielle estaria relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que teria vínculos com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
No relatório final da investigação, a PF declarou: “Os indícios de autoria mediata que recaem sobre os irmãos Domingos Inácio Brazão e José Francisco Brazão são eloquentes. Com base na dinâmica narrada pelo executor Ronnie Lessa e pelos elementos de convicção angariados durante a fase de corroboração de suas declarações, extrai-se que os irmãos contrataram dois serviços para a consecução do homicídio da então vereadora Marielle Franco.”
Além disso, o documento revela que o plano para executar Marielle envolveu a participação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, que, segundo a PF, teria “planejado meticulosamente” o crime. Rivaldo Barbosa também foi preso na operação desta manhã.
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Com informações Agência Brasil
