Investigações sobre joias fragilizam imagem política de Bolsonaro e abalam aliados

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Foto: Reprodução

 

 

Aliados manifestam preocupação com a proximidade das investigações em relação ao ex-presidente

 

 

O cenário político do ex-presidente Bolsonaro parece estar enfrentando desafios significativos à medida que as investigações sobre as joias avançam, de acordo com aliados próximos. Esses aliados alegam que a proximidade das investigações em relação a Bolsonaro está fragilizando sua imagem política, a ponto de candidatos que planejavam associar-se a ele em eleições municipais estarem reavaliando essa estratégia.

 

Embora poucos parlamentares do PL e de partidos próximos a Bolsonaro estejam dispostos a defendê-lo publicamente, em conversas reservadas, alguns deles expressam a opinião de que a situação do ex-presidente está se tornando cada vez mais complicada e que ele está perdendo capital social. Há uma análise subjacente de que, se as investigações revelarem que Bolsonaro tinha algum envolvimento no esquema das joias, sua influência como “player” político nas eleições de 2024 poderia ser comprometida, levando os candidatos a se aproximarem de outros nomes mais alinhados com o centro-direita.

 

Dentro dos grupos parlamentares do PL e do partido, o silêncio tem predominado desde que uma investigação da Polícia Federal revelou que a venda das joias era feita por ordem direta de Bolsonaro. Líderes do PL estão preocupados com as próximas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e admitem que, ao contrário do passado, agora a possibilidade de prisão de Bolsonaro não pode ser descartada.

 

Existe praticamente uma certeza entre esses líderes de que Moraes autorizará a quebra do sigilo bancário de Bolsonaro, como solicitado pela Polícia Federal. Um líder do PL revelou que o partido está aguardando os desdobramentos das investigações para determinar como reagir. Este líder também mencionou que Bolsonaro mantém uma lista de transmissão com líderes políticos, na qual compartilha publicações que indicam a estratégia de defesa que ele deseja adotar. Muitos sentem que, embora Bolsonaro possa ter cometido um erro, acreditava que as joias fossem um presente pessoal, sem intenções obscuras.

 

O vice-líder do PL, deputado Alberto Fraga, ressaltou a surpresa da bancada diante dos novos fatos e mencionou que a imagem de Bolsonaro está sendo questionada, o que gera preocupações no atual contexto.

 

Por outro lado, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia, revelou que já foram obtidas 111 assinaturas em apoio à instauração da CPI das Joias e que a expectativa é conseguir mais 60 na próxima semana. Ele destacou que parte das joias foi vendida nos Estados Unidos, inclusive com suposto envolvimento de setores das Forças Armadas, o que configura um escândalo de grande proporção. Alega-se a necessidade de uma CPI para investigar a fundo as negociações e vendas envolvidas.

 

Na sexta-feira, a Polícia Federal realizou buscas contra o pai de Mauro Cid, suspeito de estar envolvido na venda das joias. O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, também foi alvo da investigação, que apura a suspeita de associação criminosa para prática de peculato e lavagem de dinheiro. A defesa de Bolsonaro, por meio de uma nota, enfatizou que ele nunca se apropriou de bens públicos e colocou-se à disposição da Justiça.

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