A ILUSÃO DO BANHEIRO UNISSEX

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Há momentos de crise em que determinados segmentos, cujas promessas irreais provocam desencantamentos e revoltas, recorrem a questões tangenciais para iludir as massas.
Entretanto, tais questões não são apresentadas de qualquer jeito, mas alicerçadas em fundamentos aparentemente científicos e defendidas com a autoridade moral  que determinadas ideologias reivindicam para si.
Na Rússia revolucionária, a liberação sexual foi uma válvula de escape defendida para que homens e mulheres suportassem fome, sede e mortes. No momento seguinte, com a revolução vitoriosa, o regime passou a perseguir e prender quem não rezasse na cartilha da nova moral sexual.
Além da válvula de escape, defendida por Radek, que pregava o amor livre desde antes da revolução, havia o objetivo de desmantelar os núcleos familiares cristalizados, considerados reacionários e vinculados a crenças supersticiosas.
Pouco depois, Alexandra Kolontai deu uma regulada nos destrambelhos de Radek, e Stálin retomou a caretice de antes, achando de bom alvitre que os camaradas se comportassem melhor.
Na Alemanha da Segunda Guerra, os nazistas fizeram a liberação sexual planejada em gabinetes, para que as pessoas não sentissem a derrota que se avizinhava.
Foi de lá que surgiu o maior defensor e teórico da Revolução Sexual, Wilhelm Reich, o qual pregava que crimes sexuais e outros tipos de violência diminuiriam na medida em que a repressão da moral sexual do patriarcado fosse eliminada.
A teoria de Reich ganhou  corpo e foi aplicada nos anos 60 e 70, com todos transando à vontade, mostrando o corpo e gritando para fazer amor e abominar a guerra, mas o que se viu foi um casa e descasa sem fim bem traduzido naquela musiquinha de aniversário denominada “Com quem será”.
A liberação não trouxe a paz almejada, a violência sexual e doméstica cresceu vertiginosamente, porque os seres humanos continuaram egoístas e possessivos, e, justamente porque possessividade, que gera ciúmes, não combina com liberação,  a legião de mulheres espancadas não para de crescer.
Desmoralizada a tese de Reich, os mesmos grupos investiram em diversidade, entretendo as pessoas com banheiros unissex e troca de sexo em vez de lutar por emprego, renda e uma vida decente.
*Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF e Jornalista.

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