Sem isolamento social não haverá condições de atender seu ente querido na rede de saúde tanto pública quanto privada. A medida é dura, mas tem que ser implementada, para todos sairmos dessa e poder abraçar familiares o mais rápido possível
O lockdown é a única alternativa para conter a progressão da pandemia do Covid-19. É só pensar em países como Alemanha, Inglaterra entre outros, que passam por isso, cobrando um esforço dos cidadãos, cujas histórias são marcadas por demais pandemias ao longo do tempo.
Na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel, após uma reunião na madrugada desta terça-feira (23), com governadores decidiu recrudescer medidas restritivas. Ela fechou as fronteiras do país.
Infelizmente, as pessoas atravessam uma fase que fica difícil levar o pão de cada dia para suas casas no mundo. A paralisação econômica gera muitos problemas, sem dúvida.
No entanto, a questão da saúde urge a cada minuto e precisa do arrefecimento de internações nos hospitais, os quais não dão conta de atender a demanda crescente sem parar. São muitas vidas perdidas por falta de estrutura no atendimento da saúde que já era precário.
O Distrito Federal encara a nova e forte onda de Covid-19. Tem enfrentado com cuidado cada vez maior com os cidadãos do Distrito Federal. A situação da saúde é fruto da irresponsabilidade de gestores anteriores que não encararam os gargalos como deveriam. E, assim, a saúde vem sempre governo após governo caindo de qualidade no atendimento, falta de remédios entre outras mazelas.
Apesar das dificuldades, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, não está medindo esforços para melhorar o quadro da saúde desde o primeiro dia de mandato. As vacinas estão chegando do Ministério da Saúde, e como depende do ritmo da liberação dos imunizantes, há interrupções já verificadas no processo de vacinação. Desde essa segunda-feira (22), os idosos das faixa etária entre 69 e 71 estão sendo vacinados.
Ibaneis não ignora a pandemia. Pelo contrário, determinou que a segurança pública coíba festas clandestinas energicamente. A fiscalização tem surtido efeito nesse aspecto, com ações pontuais de força-tarefa integrada pelas polícias Civil e Militar e DF Legal efetivamente.
A disposição e garra dos servidores e profissionais abnegados da saúde, seja da frente de combate ao vírus, ou não, sempre é lembrada pelo governador que tem dia após dia se desdobrado em tomar decisões no sentido de combater a pandemia e dar condições para esse profissionais imprescindíveis.
Os jovens precisam se conscientizar de que não tomando as medidas do protocolo de segurança além de correr alto risco de se infectar, podem levar o vírus para residência onde moram seus mais próximo entes queridos. É inadmissível ver pacientes na faixa de 20 a 30 anos sendo internados por achar que não iria pegar o Covid-19 ou afirmar que desconhecia as consequências graves para saúde decorrente da infecção.
Entre as ações do GDF, em processo de licitação já iniciado, estão previstas as montagens de três hospitais de campanha, que ajudarão a desafogar a demanda com dificuldades de atendimento nos hospitais regionais, no Hospital de Base.
Mas é preciso ter paciência tanto em relação às quantidades de vacinas liberadas pelo Ministério da Saúde quanto o tempo necessário para a construção de hospitais de campanha. Além disso, haverá unidades acopladas aos hospitais de maior porte para também atender casos de Covid-19.
Essa situação de colapso já era aguardada, dada a incidência de novas variantes do vírus, que surgiram com maior velocidade no processo de infecção e ao mesmo tempo da mutação. Assim, o isolamento, o usar máscara, a higienização de mãos com álcool, água e sabonete, continuam cada vez mais importantes para a conter ainda mais a circulação do vírus na população.
Vale lembrar que o auxílio emergencial federal precisa voltar a entrar em cena de forma acelerada. O lockdown trará menos consequências traumáticas para a sociedade somente com a distribuição do auxílio emergencial. Seja de R$ 250, R$ 300, R$ 600, o que é preciso é o dinheiro chegar na ponta, ou seja nos bolsos do mais fragilizados economicamente, o mais rápido possível.
Além disso, o Governo Federal continuar polemizando com governadores não irá levar à solução, vai cada vez mais aumentar o número de enterros nos cemitérios.
Essa fase irá passar, portanto, enquanto não for possível liberar totalmente o comércio ainda haverá momentos de restrições em setores menos essenciais. Não percamos a fé e a esperança. Isso vai passar, mas teremos que ter mais vacina, mais leitos e UTIs sem estar sobrecarregados, mais consciência por parte de todos.