Ibaneis Rocha diz que governos estaduais têm que entrar na reforma proposta pelo Governo

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Por Maurício Nogueira

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou, nesta quarta-feira (20), que a proposta de nova reforma da Previdência não deverá ser aprovada se não houver alguns ajustes. As sugestões serão tiradas do um grupo de trabalho,  do III Fórum de Governadores, em Brasília, coordenado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Os 27 chefes do Executivo compareceram ao evento. Para o governador, os governos estaduais têm que estar dentro desta reforma proposta pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro.

Ibaneis afirmou que os governadores estão muito animados e a pauta dos estados tem que entrar na reforma. “Não adianta somente fazer a recuperação da União e deixar os estados na situação em que se encontram. E isso vem de uma política muito anterior ao atual presidente Bolsonaro, que foi uma política de concentração de renda na União e deixando os estados com todas as obrigações que existiam”, considerou.

“Então agora vamos repactuar esse país de modo que os estados também tenham condições de sobrevivência, porque somos nós que, efetivamente, prestamos serviços à sociedade seja na área de saúde, educação e segurança que são as cobranças da população brasileira”, complementou o governador.

Recuperação da economia

Na visão de Ibaneis, a reforma proposta pelo governo tem que ser debatida pela Câmara, pelo Senado pelos governadores, pela sociedade e “certamente, haverá o entendimento, há uma boa vontade de todos no sentido de aprovação da reforma da Previdência”. A reforma influenciará a recuperação da economia, geração de emprego e renda e reequilíbrio das contas.

“A União não pode ser somente ela beneficiária dessa reforma tem que apoiar os estados e dar condições para debater senão nós não vamos resolver os problemas dentro dos estados e dos municípios que estão entrando em crise. Ele tem há principio o nosso apoio, mas essa é uma proposta que ela tem que ser debatida de forma a resolver esse problema que já vem se arrastando desde 1998”, lembrou Ibaneis.

Segundo ele, como foi colocada pela manhã na reunião de governadores que ocorre em Brasília, “posso garantir, com a experiência de 25 anos que tenho advogando para várias categorias, que aquela proposta não passa”. Ibaneis acrescentou ainda que o governo federal não possui 50 votos para aprovar a reforma. Não só o governador, mas analistas políticos acreditam que Bolsonaro terá que unir a base aliada para, até junho, quando se prevê a votação no plenário da reforma, esteja mais fortalecida.

Ibaneis ressaltou que os governadores criticaram a fixação de uma idade mínima de 60 anos pra aposentadoria de professores. Além da redução no valor mínimo do benefício de prestação continuada, ou seja, de um salário mínimo para R$ 400,00 antes dos 70 anos. Bem como a contribuição mínima de R$ 600,00 anuais para o trabalhador rural que optar pela aposentadoria.

Para o governador do DF, a grande maioria de professores serão atingidos de forma muito violenta por essa reforma como está sendo projetada. “Queremos ajudar o governo a ter um impacto menor perante a sociedade”, frisou Ibaneis.

Realidade Nordestina

Outra reclamação oriunda dos governadores petistas Fátima Bezerra (RN) e Wellington Dias (PI) diz respeito da contribuição mínima para o trabalhador rural. Ibaneis justificou que não é pelo fato de ambos serem de esquerda, mas por se tratar de uma realidade nordestina.

“O trabalhador rural no Nordeste tem uma renda muito pequena. Como é que esse trabalhador que já tem uma renda muito pequena vai contribuir com R$ 600,00 para ter uma Previdência?”, explicou ele, acrescentando que se tratam de situações regionais que têm que ser levadas em consideração em virtude do tamanho do Brasil.

As proposta de receber sugestões dos governadores na próxima reunião partir do secretário especial de Previdência, Rogério Marinho. O próximo encontro foi agendado para o fim de março sem data definia por enquanto.

Ibaneis ressaltou que as contribuições do grupo de governadores serão encaminhadas somente após obter a unanimidade pelos integrantes.  Já os governadores tucanos João Dória (SP) e Eduardo Leite (RS) apoiaram a reforma sem qualquer objeção, ao término da reunião.

Governadores presentes à reunião do Fórum:

1-Gladson Cameli, AC

2-Renan Filho,AL

3-Waldez Goés, AP

4-Camilo Santana, CE

5-Ibaneis Rocha,DF

6 – Renato Casa Grande ES

7-Rui Costa,BA

8-Reinaldo Azambuja,MS

9-Mauro Mendes, MT

10-Helder Barbalho,PA

11-João Azevedo,PB

12-Wellington Dias, PI

13-Ratinho Júnior,PR

14-Wilson Witzel,RJ

15-Fátima Bezerra, RN

16-Coronel Marcos Rocha, RO

17-Antônio Denarium,RR

18-Eduardo Leite,RS

19-Comandante Moisés,SC

20-João Dória,SP

21-Mauro Carlesse,TO

22-Flávio Dino,MA

23-Belivaldo Chagas, SE

24-Romeu Zema,MG

25-Wilson Lima,AM

26-Paulo Câmara,PE

27-Ronaldo Caiado,GO

 

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