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Ibaneis Rocha analisa 8 de janeiro, críticas ao governo Lula e articulações para 2026
Nesta semana, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), concedeu uma entrevista à revista Veja, onde abordou temas polêmicos como os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua postura frente ao governo do presidente Lula. Ibaneis também destacou a necessidade de união da centro-direita para as eleições de 2026 e defendeu o nome do governador Tarcísio de Freitas como candidato ideal. A seguir, os principais pontos da entrevista:
Responsabilidades pelo 8 de janeiro
Ibaneis enfatizou que a responsabilidade pelos atos de vandalismo não pode ser atribuída apenas ao Distrito Federal. Ele criticou a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal pela falta de detecção prévia dos movimentos extremistas. Segundo o governador, erros foram compartilhados, e a lição deve ser aprendida por todas as forças de segurança. Ele também defendeu decisões mais equilibradas do Supremo Tribunal Federal (STF), criticando condenações que considerou extremadas.
Relação com Lula e críticas à esquerda
O governador relatou que sua relação com o presidente Lula é praticamente inexistente, especialmente após acusações feitas pelo petista em relação aos ataques de 8 de janeiro. Ibaneis destacou que a maneira de fazer política da esquerda tem aumentado a polarização no país e criticou a falta de interlocução do governo federal com os estados.
Articulações para 2026
Ibaneis defendeu a necessidade de união entre partidos de centro-direita para derrotar a esquerda nas próximas eleições presidenciais. Para ele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seria o nome ideal para liderar esse movimento, devido à sua capacidade de diálogo e atração do voto bolsonarista. Entretanto, Tarcísio tem negado intenção de candidatura, afirmando que pretende focar na reeleição.
Papel do STF na política
O emedebista expressou preocupação com o crescente papel do STF no cenário político. Para Ibaneis, decisões como a regulamentação das emendas parlamentares têm gerado descontentamento e aumentado a polarização. Apesar das críticas, ele reconheceu o trabalho do ministro Alexandre de Moraes na preservação da democracia durante os episódios de 8 de janeiro.
Mea-culpa e reflexões
Ao ser questionado sobre mensagens em que menciona ter tirado uma “soneca” no momento dos ataques, Ibaneis afirmou que respeita as decisões do STF e que compreendeu o afastamento temporário como uma medida de preservação da democracia. Ele reconheceu a necessidade de integração e trabalho conjunto entre as forças políticas para superar a divisão no país.
