No lançamento do Programa Pró-Economia – Etapa 1, na tarde de quinta (6), em pronunciamento, no Palácio do Buriti, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, chamou a atenção, citando uma das premissas para as situações adversas de hoje. “São nos momentos difíceis — que existem para as pessoas com capacidade de realização — é que se empreende.”
Ibaneis lembra que após tomar posse ficou mais evidenciada a necessidade de remover as travas da economia do DF, a partir daquele momento. Assim, foram tomadas medidas econômicas nesse sentido. O ano de 2019 foi muito bom com a mobilização de setores da econômica de forma a voltar a investir na cidade.
No entanto, com o surgimento da pandemia as dificuldades se apresentaram em todas as áreas, não só na saúde. Vieram acompanhadas de grandes outros problemas. O governador ressalva, entretanto, que esses problemas estavam dentro das “nossas capacidades para solução e com a nossa capacidade trouxemos soluções para o DF”.
O governador afirmou ter ouvido muitos comentários e questionamentos, ultimamente, como num momento desses são feitas desonerações por parte do GDF? Ele respondeu que é de forma inteligente de modo a não sobrecarregar o caixa do DF, “acreditando que a classe empresarial irá corresponder a isso tudo, quando gerar empregos, renda, capacidade de solucionar problemas que estão aí”.
Ele conta que houve uma avaliação do que foi executado e logrou êxito no ano passado. Exemplificou com a questão do pedido para que a indústria de construção civil não parasse em meio à pandemia, que inclusive correspondeu a um chamamento do GDF e da população. Aliado a isso, houve clamor também para que o setor industrial também mantivesse atividade.
Na ótica de Ibaneis, as ações fizeram com que o GDF tivesse menos prejuízo. “Tivemos a compreensão de fazer o fechamento do setor produtivo na hora certa. Houve algumas reclamações de setores que são mais difíceis, comércio, restaurantes e bares. Estamos fazendo tudo para dar condições para esses setores retomarem as suas atividades, assim que os números ficaram melhores fizemos a abertura desses serviços”, justificou.
Parcerias importantes
Além disso, Ibaneis realçou que o GDF contou com apoios, “além do setor produtivo, também do Sebrae, Fecomércio, Fibra e conseguimos crescer em 2020. Iremos crescer em 2021 e aumentar a arrecadação do DF”.
“Vamos conseguir trazer a esperança novamente para a população do DF”, frisou Ibaneis Rocha.
Para tanto, o chefe do executivo vem trabalhando com duas agendas. A primeira é cuidar da crise da saúde.
“Essa nós tocamos todos os dia com o apoio do BRB. Parece esquisito falar no BRB nessa hora de crise da Saúde, mas é porque Paulo Henrique Costa, além de ser excelente presidente de Banco, ele trabalhou com todos os hospitais públicos do Brasil. Ele se juntou à equipe da Secretaria da Saúde e conseguimos administrar essa pandemia com muita sabedoria”, revelou Ibaneis.
O chefe do executivo acrescentou que houve expertise na instalação de novos leitos, aquisição de equipamentos, de medicamentos.
A segunda agenda é o que foi preparado em termos de desonerações, que se traduz na do desenvolvimento demonstrado nesta manhã de quinta (6).
Ele também destacou que todas as cidades do DF, atualmente, tem obras em andamento, que estavam paralisadas há muitos anos. “Fico feliz quando acordo de manhã e ligo no DF-TV, para não dizer outro nome, e vejo pessoas reclamando que o túnel de Taguatinga está avançando e interrompendo o trânsito porque é uma obras sonhada há 30 anos”, pontuou o governador.
Ibaneis emenda ainda que isso tudo em ação num momento de muita dificuldade. “Mas é essa dificuldade que nos dá força para podermos avançar”, sublinhou. O chefe do executivo informou que irá trabalhar com essa agenda do desenvolvimento.
Também lembrou que um dos desafios foi pagar as contas, a começar com o pessoal da saúde.
“Quando eu disse que iria pagar as pecúnias da saúde o valor ultrapassava R$ 32 milhões em valores atrasados. A proposta foi pagar em 36 parcelas e todos servidores da saúde aderiram e ainda demos as condições para eles irem ao BRB e fazerem antecipações. Assim, pagou-se o servidor e, ao mesmo tempo, injetou-se dinheiro na economia do DF.”
O mesmo foi realizado com a categoria de policiais civis, inclusive, segundo Ibaneis, já era para ter sido feito há muito tempo, mas o sindicato não pediu e “eu não tive a obrigação de lembrar, nem sabia o que estava acontecendo”.
A secretaria de Educação em parceria com o BRB promoveu o retorno do pagamento do Auxílio Creche para crianças que estão fora da escola. Claro, elas continuam tendo que se alimentar, o que foi interrompido.
Prorrogação para seis meses do Auxílio Creche
O governador citou a secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama, Mayara Rocha, que lhe informou ao assumir sobre a dificuldades para efetuar os pagamentos. Era preciso fazer cadastramento e o auxílio só era entregue dois meses depois.
“E as pessoas estando com fome. Foi criada a tecnologia com o BRB, a Secretaria de Economia e do Cartão Prato Cheio. Um cartão com R$ 250, cuja validade era de três meses. Agora, estamos prorrogando para seis meses, com o qual as pessoas podem comprar alimentos, cesta básica, atendendo 8 mil pessoas”, explicou.
Segundo o governador, como a assinatura de uma portaria até o esta data eram 32 pessoas atendidas. Hoje, serão 35 mil pessoas atendidas e até o final do ano deverão chegar a 40 mil famílias.
“Pode parecer pouco R$ 250, mas como complemento para que as pessoas tem acesso à alimentação básica, isso ajuda e muito. É tirar as pessoas da extrema pobreza. É um acréscimo para que a pessoa possa satisfazer as necessidades básicas. E nós estamos fazendo tudo isso num momento de pandemia.”
Acolhida às famílias
Ibaneis Rocha destacou o trabalho realizado quanto ao acolhimento de famílias. Ele afirmou que tem continuado com maior atenção possível. Citou as Casas de Passagem, que têm recebido pessoas vulneráveis e elas têm recebido toda a dignidade possível. “Sabemos que existem reclamações das famílias, mas a grande maioria das pessoas não têm uma casa de acolhimento na sua rua, mas em algum lugar elas vão estar para as pessoas em situação de rua”, relatou o governador.
De acordo com ele, o tratamento atencioso vale para os presidiários. Ibaneis ponderou que “uma hora irão voltar ao convívio social. E eles precisam voltar da melhor forma possível, mas eles vão voltar”.
“Os presidiários precisam ser tratados de forma humana, digna para que eles possam ter a reinserção na sociedade”, acrescentou.
Saúde
A saúde foi um dos pontos abordados por Ibaneis, com destaque para o fato de que nunca se abriram tantos leitos hospitalares no DF, como no atual governo, mesmo com todas as dificuldades. “Na sexta-feira começa a funcionar o primeiro hospital de campanha. E nas próximas semanas outros dois entram em funcionamento.”
Ele acentuou que a pandemia não está diminuindo. As cirurgias eletivas estão paradas porque todas as instalações hospitalares deram lugar a pacientes Covid-19. “Com os hospitais teremos condições de retomar todas as cirurgias eletivas”, ressaltou.
No dia 16 de maio, Ibaneis disse que será entregue, graças à parceria entre o BRB e empresas privadas, o hospital acoplado de Samambaia, mais 102 leitos para atender pacientes. E há ainda mais dois hospitais para serem construídos, sendo um em Planaltina e outro no Paranoá. A ampliação será de 306 leitos para a população. “Todo esse trabalho é feito em momento de pandemia”, reforçou o governador.
“Isso tem demonstrado a todos nós que é possível fazer. Estamos abraçados com o setor produtivo, com a população Existe o sentimento na população de que ela é não está abandonada, as pessoas não estão abandonadas. Isso é muito importante para todos nós. O sentimento é de que as pessoas se sentem acolhidas. E que a cidade tem governo e que os problemas vão ser solucionados.
Vontade e melhor para mulher
Ibaneis faz questão de enfatizar que os problemas não eram resolvidos por falta de vontade. Um exemplo, de acordo com ele, é a Casa da Mulher Brasileira na L2 Norte, “mal construída por sinal, estava caindo”.
“Conseguimos fazer num prazo de seis meses uma Casa da Mulher Brasileira em Ceilândia. Levamos uma Delegacia da Mulher para a cidade, poruq lá é que está o problema de violência doméstica, quanto menores o grau de instrução e a renda vai aumentando a violência. Serão construídas cinco casas da Mulher Brasileira e o projeto está em andamento”, concluiu Ibaneis Rocha.
Alavancar a retomada da economia sem deixar de lado, a saúde, o social tem sido a marca da gestão Ibaneis no DF.
Foto: Lúcio Bernardo Júnior/Agência Brasília