O governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta terça-feira (20) os nomes de três prováveis secretários do próximo governo. Foram indicados:
- Adão Cândido, para a Secretaria de Cultura;
- Vitor Paulo, para a Secretaria de Relações Institucionais, e
- Ruy Coutinho, para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Se as indicações forem confirmadas, os três devem tomar posse em 1º de janeiro de 2019, quando o governo passa oficialmente às mãos de Ibaneis. Até lá, o grupo pode trabalhar no gabinete de transição, montado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
Confira, abaixo, o perfil de cada aspirante a secretário:
Adão Cândido
Indicado à Secretaria de Cultura, o sociólogo é filiado ao PPS chegou a ser candidato a vice-governador do DF em 2014, na chapa de Luiz Pitiman (PSDB), mas a dupla não chegou ao segundo turno.
A candidatura dele gerou ruído no partido porque, na época, Eliana Pedrosa estava no PPS e tentava ser vice de José Roberto Arruda (PR). No fim das contas, Cândido manteve a candidatura, e Eliana tentou uma vaga na Câmara Federal – nenhum deles foi eleito.
Em 2016, Cândido foi indicado pelo PPS a um cargo de confiança no Ministério da Cultura, quando a pasta foi fechada pelo presidente nacional da legenda, Roberto Freire. Nas eleições desde ano, ele não se candidatou a nenhum cargo.
Ruy Coutinho
O advogado apontado como futuro secretário de Desenvolvimento Econômico aparece, em uma rede social corporativa, como atual presidente de uma consultoria econômica e membro do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), com especializações pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade de Tulane, em Nova Orleans (EUA), ele também ocupou cargos no Ministério da Indústria e Comércio e no BNDES.
Entre 1992 e 1996, foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão voltado para a regulação da concorrência no país. O conselho foi transformado em uma autarquia – ou seja, um órgão com mais independência – na gestão de Coutinho.
Vitor Paulo
O jornalista e radialista Vitor Paulo foi deputado distrital pelo PSDB, entre 2003 e 2006, e deputado federal pelo DF entre 2011 e 2014 – já filiado ao PRB. Nas eleições de 2014, ele não se elegeu e ficou como suplente do deputado Ronaldo Nogueira (PROS).
Paulo voltou a assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados em maio deste ano, quando Nogueira se licenciou para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República na gestão de Michel Temer.
Durante o primeiro mandato, Vitor Paulo presidiu a Frente Parlamentar de Apoio ao Idoso, mas aprovou apenas um projeto de lei de sua autoria. O texto, “coassinado” por outras dezenas de parlamentares, criou o Programa de Cultura do Trabalhador em 2012.
Atualmente, Vitor Paulo é coordenador da bancada do DF na Câmara Federal. No dia seguinte à eleição de Ibaneis no segundo turno, ele capitaneou uma reunião entre os deputados federais da capital e o futuro secretário de Fazenda do DF, André Clemente.
Fonte: G1 DF