Ibaneis acionará Justiça para o Ministério da Saúde corrigir remessa de 290 mi doses de vacina

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“Não é justo ficarmos para trás” , arguiu governador sobre diferença de numero de doses repassada pelo Ministerio da Saude

 

Como foi antecipado pelo chefe da Casa Civil do Distrito Federal,  Gustavo Rocha em entrevista coletiva ao lado do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, na quarta  (21) o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), confirmou que deverá acionar a Justiça Federal para cobrar do Ministério da Saúde o envio de lotes extras de vacinas contra a Covid-19 para a capital do Brasil.

Isso porque, segundo documentos da  Secretaria de Saúde, foi detectado déficit de pelo menos 290 mil doses entre o que previa remessas do Ministério da Saúde e o quantitativo entregue de doses.

Ibaneis Rocha, em mensagem postada numa rede social, informou que o GDF “notificou o Ministério da Saúde diversas vezes”, acerca do deficit das vacinas. “Nao é justo ficarmos para trás”, postou Ibaneis Rocha.

 

Governador do DF, Ibaneis Rocha, comenta em rede social sobre déficit de vacinas na capital federal. — Foto: Twitter/Reprodução

Déficit entre servidores incluídos

Entre os motivos que podem ter causado o déficit de vacina, o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, citou a imunização de profissionais das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sem dar detalhes do quantitativo.

A campanha é alvo de inquérito do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o órgão, 30 mil servidores das Forças Armadas foram priorizados na vacinação contra Covid-19 no DF. A investigação apura possíveis irregularidades e fura-filas na lista, que é encaminhada pelo órgão federal.

Defasagem nos números

Segundo Rocha, o governador Ibaneis Rocha está preocupado com a remessa de vacinas para o DF. No caso de idosos com mais de 80 anos o Ministério da Saúde estimou 42.390 pessoas. Mas foram vacinadas 53.734, um déficit de 11.344 vacinas só na faixa de 80 anos. Na força de salvamento a previsão do ministério era de 6.753, no entanto foram vacinadas 31.800 pessoas, chegando a 25.047 de vacina.

Sobre o fato de contingente ter sido encaminhados das Forças Armadas para vacinação, que não estavam originalmente previstos, trabalhadores de Ensino, o ministério fez a previsão de 33.200, enquanto foram vacinados 73.655 pessoas, um déficit de 40.455 vacinas.

Rocha explicou que quando é feita essa análise se chega ao déficit de vacinas no total de 290.055 vacinas.

Ele lembrou que foi tratado na reunião tripartite que o DF receberia 250 mil doses de vacinas além das vacinas regulares recebidas semanalmente. “Isso foi tratato e acordado na reunião tripartite, com os secretários de saúde dos estados, municípios e do governo federal”, disse Rocha.

Aprovação de remessa de doses

“O secretário Osnei fez um pedido para que seja extraída uma ata dessa reunião onde consta a aprovação da remessa das vacinas para o DF, porque o governador Ibaneis Rocha anunciou hoje cedo, apesar de ter certeza de que as doses chegarão, ele acionou a Procuradoria-geral do DF para ingressar com uma ação na Justiça Federal, questionando justamente o número de vacinas que estamos recebendo aqui no DF”, detalhou o secretário da Casa Civil.

A ação é preparada pela Procuradoria-Geral do DF para ajuizar o mais breve possível essa ação que visa reforçar o que é dito ao Ministério da Saúde desde fevereiro que há um déficit de vacina no DF.

“Isso não é uma mera alegação. São fatos que eu estou trazendo, são números objetivos de diferença da estimativa feita pelo Ministério da Saúde e o número efetivo de vacinas aplicadas no DF. Trouxe três exemplos que rapidamente a gente chega a quase 80 mil vacinas, só nesses três”, acentuou Rocha.

Por isso, o governador Ibaneis Rocha determinou o ingresso em juízo para buscar a reparação e o complemento dessas doses que são devidas ao DF.

Ministro rebateu

Na segunda desta semana, o ministro da Saúde, Eduardo Queiroga,  afirmou que “nenhuma unidade da federação foi prejudicada” na distribuição de vacinas e que as decisões com relação à quantidade enviada para cada estado “foram tomadas lá atrás, de forma pactuada, com os secretários de saúde e seus órgãos representativos”.

“Foi considerada a questão do senso de 2010, considera-se a demografia de cada estado e aqui do Distrito Federal, a presença de comorbidades. O que nós temos que fazer é buscar mais doses. E é isso que nós temos feito”, afirmou Queiroga.

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