Sistema de rastreabilidade de medicamentos será ampliado nas unidades de saúde pública do Distrito Federal
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a segunda maior unidade de saúde pública do Distrito Federal, está pioneiramente utilizando um sistema de rastreabilidade de medicamentos prescritos aos pacientes. Esse sistema será ampliado para outras unidades da rede pública, conforme anunciado pela governadora em exercício Celina Leão durante uma visita ao local.
Em fase de testes, o sistema tem a capacidade de mapear e gerar o histórico de cada medicamento, desde a origem até o consumidor final. Com essa tecnologia, os médicos têm acesso às informações sobre o que o paciente tomou, a que horas, a quantidade e a localização. Cerca de 11 mil pessoas no HRSM serão beneficiadas mensalmente por essa plataforma, que estará disponível em breve no Hospital de Base e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Celina Leão destacou que essa é a gestão técnica que a área da saúde busca, garantindo que não faltem medicamentos e evitando desperdício por prazo de validade. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela administração do Hospital de Santa Maria, afirma que esse sistema permitirá reduzir estoques, programar compras e rastrear toda a cadeia de suprimentos. Inicialmente, o projeto foi implementado nas unidades UTI Adulto, Centro Obstétrico e Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (Ucin).

Essa medida está alinhada aos protocolos de saúde, buscando garantir a segurança do paciente, especialmente em relação à medicação. O presidente do IgesDF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, enfatizou a importância da rastreabilidade para garantir que os medicamentos sejam administrados corretamente. Além disso, esse sistema de controle contribuirá para otimizar a gestão e economizar recursos públicos.
O HRSM é o segundo maior hospital do DF, contando com 384 leitos, dos quais 60 são de UTI. A unidade oferece diversos serviços, incluindo UTI Adulto e Neonatologia, além de Unidade de Cuidados Intermediários para Recém-Nascidos (UCIN) e Unidade de Cuidados Prolongados (UCP). A superintendente do hospital, Eliane Souza de Abreu, ressaltou que a rastreabilidade dos medicamentos será garantida para os milhares de atendimentos e internações que ocorrem mensalmente no HRSM.
Além da implementação do sistema de rastreabilidade, o HRSM inaugurou recentemente uma sala especializada com o primeiro tomógrafo odontológico da rede pública. A odontologia do hospital é referência no atendimento a pacientes com transtorno do espectro autista (TEA), tanto em nível ambulatorial quanto em nível hospitalar, com atendimento no centro cirúrgico sob anestesia geral.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o HRSM é responsável por mais de 50% dos atendimentos em centro cirúrgico a pacientes com deficiência na rede pública e privada do DF nos últimos quatro anos.
Com informações da Agência Brasília